Sai Loures, Geddel vai preso. A dança de quadrilha em volta de Temer não para

residente em Exercício Michel Temer recebe o Presidente da Câmara dos Deputados Federais, Deputado Rodrigo Maia; Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros e o Secretário de Governo, Geddel Vieira Lima (Brasília - DF, 14/07/2016) Foto: Beto Barata/PR
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Ministros e assessores do atual presidente estão sob pressão intensa. Rocha Loures, o homem da mala, saiu da prisão, mas é um risco em potencial. Geddel é uma bomba prestes a explodir, não tem a frieza de Cunha e era intermediário de contatos com empresários   Por Redação    Foto: Beto Barata/PR   O governo Temer perdeu a capacidade de governar. Principalmente depois das denúncias da JBS, move-se para manter-se na presidência e continuar com foro privilegiado na Justiça. Apesar de ter ainda relativa maioria no Congresso, a fervura vem aumentando. Se houve algum alívio com a soltura do ex-assessor e ex-deputado Rocha Loures, o homem da mala, a prisão de Geddel Vieira Lima aumentou novamente a pressão. Geddel já mostrou que não tem a frieza de Eduardo Cunha. Após a ameaça de delação premiada de Lúcio Funaro, passou mensagens seguidas para a esposa do doleiro, mostrando verdadeiro pânico. Segundo o próprio Cunha, se Funaro realmente delatasse, Geddel e o ministro Moreira Franco iriam para a cadeia. Geddel acabou indo antes da delação, em prisão provisória, justamente por ter pressionado a mulher de Funaro. Agora, na cadeia, é necessário ver se resistirá sem contar o que sabe. E a gravação da JBS mostrava que Geddel era o contato de Michel Temer com vários empresários. Joesley diz que sempre falava com ele sobre seus interesses no governo e, depois que o ex-ministro baiano começou a ser investigado, perdera a interlocução. Daí Rocha Loures ter sido indicado para fazer os contatos, depois acabou sendo filmado com a mala de dinheiro. Contas no Congresso -- Segundo o jornal Folha de S.Paulo, contas dos articuladores de Temer mostram que o governo ainda não tem os votos necessários para derrotar na Comissão de Constituição e Justiça, CCJ, a denúncia da PGR contra o presidente. A informação é estão assegurados 30 votos entre os 66 integrantes da comissão. Há 21 indecisos. Temer precisa de 34 votos para garantir que a CCJ recomende o arquivamento da denúncia. Mesmo que consiga esses votos, haverá votação no plenário da Câmara. Qualquer delação de Geddel ou de Loures poderá ser fatal.