Sara “Winter” é pedida em casamento e brinda com suco de pera: "democracia do judiciário"

Ativista não pode beber, pois está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica

Foto: Instagram
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A ativista de extrema-direita, Sara “Winter”, foi pedida em casamento e postou o anúncio em sua conta do Instagram, neste domingo (28). A investigada no inquérito sobre o financiamento de protestos antidemocráticos não gostou, no entanto, de brindar com suco de pera ao invés de champagne.

Sara está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica e, por conta disto, não pode consumir bebida alcóolica. Ela ironizou a proibição: “Bem-vindos à democracia do Judiciário”, escreveu.

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“Depois da tormenta, vem a paz. Hoje fui oficialmente pedida em casamento e claro, ao homem da minha vida, disse SIM.
Tentaram me destruir, mas construíram uma pessoa 10 vezes mais forte.
Enquanto uns babam de ódio, eu transbordo de amor.
O casamento fica pro próximo fim de semana. Obs: tivemos que tomar suco de pêra disfarçado de champagne, pois por lei não tenho autorização pra consumir bebidas alcoólicas. Bem vindos à democracia do judiciário.”

Ataques com fogos de artifício contra o prédio do STF

A prisão de Sara Winter ocorreu dentro do inquérito que investiga o financiamento de protestos antidemocráticos – como os ataques com fogos de artifício contra o prédio do STF – e não tem relação com a investigação sobre a produção fake news. O mandado atende a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

O Ministério Público Federal também analisa pedidos de prisão de Sara Winter e membros do “300 do Brasil” a partir de indícios de que o grupo organiza e capta recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1983), objeto do Inquérito 4.828.

Inquérito do STF

Sara foi um dos alvos dos 29 mandados de busca e apreensão, autorizados por Moraes, em 27 de maio. Além dela, foram alvos nessa operação da Polícia Federal, blogueiros bolsonaristas, como Allan dos Santos, empresários, como Luciano Hang e Edgard Corona, e parlamentares apoiadores do presidente.

Sara também foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ameaçar Alexandre de Moraes nas redes sociais, depois de ser incluída no inquérito das fake news, que também apura ataques os STF e seus integrantes.