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O general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, declarou, nesta quarta-feira (26), que o sargento da Aeronáutica brasileira, preso com 39 quilos de cocaína em Sevilla, na Espanha, trabalhava como “mula qualificada”. Mourão está no exercício da Presidência, em consequência da viagem de Jair Bolsonaro ao Japão.
O Ministério da Defesa e Bolsonaro confirmaram a prisão, que foi efetuada quando o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou, às 14 horas (horário local) no aeroporto da capital da Andaluzia, nesta terça-feira (25). A aeronave servia como reserva para o presidente brasileiro que viaja em outro avião para participar da reunião do G-20 em Osaka, no Japão.
Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivoMourão disse, ainda, que o militar preso estaria na tripulação no voo que trará Bolsonaro de volta, no trecho entre Espanha e Brasília. “O que acontece, quando tem estas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho. Então, quando o presidente voltasse agora do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele”, destacou.
De acordo com o general, o militar era taifeiro, ou seja, atuaria no serviço de copa do avião presidencial. O presidente em exercício ressaltou que é necessário investigar as conexões do militar preso, para esclarecer o transporte da cocaína no avião da FAB. Na visão dele, o militar fez papel de “mula”, termo usado para descrever quem transporta a droga no tráfico.Não comprou na esquina
“É óbvio que pela quantidade de droga que o cara estava levando, ele não comprou na esquina e levou. Ele estava trabalhando como mula e uma mula qualificada, vamos colocar assim”, declarou. “Isso não é primeira vez que acontece seja na Marinha, seja no Exército, seja na Força Aérea. A legislação vai cumprir o seu papel e esse elemento vai ser julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma punição bem pesada”, acrescentou.