Se a economia não piorar, Bolsonaro deve manter apoio de um terço do eleitorado, diz cientista político

Para o cientista político Aberto Carlos Almeida, os números do Ibope apontam que Bolsonaro tem conseguido manter uma base sólida formada por um terço da população e só deve perder esse apoio se houver uma piora econômica

Foto: Marcos Corrêa/PR
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Ao analisar a pesquisa Ibope/CNI divulgada nesta quinta-feira (28), o cientista político Aberto Carlos Almeida, autor dos livros "A Cabeça do Brasileiro" e "O Voto do Brasileiro", avaliou que o governo Bolsonaro conseguirá manter apoio estável de cerca de um terço da população caso não haja uma piora na economia. "Como sempre, a economia é o fator mais importante da avaliação. Se ela piorar daqui para frente, na sensação do eleitor, a avaliação positiva do Presidente irá piorar. Porém, se isso não ocorrer Bolsonaro tenderá a manter este 1/3 do eleitorado aprovando seu governo", sentenciou Almeida em seu Twitter. A afirmação veio acompanhada de uma análise dos números que decresceram. Para ele, desde março há uma estabilidade na base de apoio do presidente da República. "No primeiro mês de mandato o ótimo e bom de Bolsonaro era 49%, caiu muito até março, para 34%, quando se estabilizou na margem de erro. Ou seja, Bolsonaro tem sido capaz de manter uma base de apoio de 1/3 do eleitorado", escreveu. O aumento do ruim/péssimo, segundo o cientista político, se deve aos que não sabiam avaliar o governo nos primeiros meses, mas agora o desaprovam. "O crescimento do ruim e péssimo de março até agora, junho, se deveu à diminuição daqueles que respondiam NS e NR à pesquisa (NS: não sabe, NR: não respondeu). A estabilização da avaliação positiva de Bolsonaro (a soma de ótimo e bom) indica que as notícias que povoam o Twitter, FB e Instagram têm pouco ou nenhum impacto no eleitorado como um todo", afirmou.