Se a Kirchner quiser fechar o Mercosul, o Brasil sai do bloco, ameaça Paulo Guedes

Guedes minimizou o agravamento da crise com a Argentina e seu impacto para o Brasil. Segundo ele, a indústria automotiva só é tão afetada porque a economia brasileira é muito fechada

Foto: Rafael Luz/STJ
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou nesta quinta-feira (15) a vitória da chapa formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições primárias para a presidência da Argentina como “destino dos argentinos” e afirmou que o crescimento da nossa economia não depende do país vizinho. “Quando o Brasil precisou da Argentina para crescer?”, indagou durante a participação em um evento em São Paulo. De acordo com a Veja, Guedes disse também não se preocupar com a possibilidade do Mercosul adotar uma nova postura em relação ao mercado global a partir de um possível retorno do kirchnerismo e admitiu deixar o bloco caso o país adote medidas antimercado. “Se a Kirchner entrar e quiser fechar [a economia]? Se quiser fechar, a gente sai do Mercosul”, afirmou o ministro. Segundo o ministro, a crise instalada no país vizinho após a derrota do presidente argentino Maurício Macri para a chapa de Kirchner pouco impacta a economia brasileira. Ele disse que, apesar das exportações indústria automobilística brasileira para a Argentina representarem a maioria das exportações de veículos do país, o Brasil tem uma “indústria competitiva que vende em qualquer lugar do mundo” e minimizou o aumento do dólar. “Acabou a crise na Argentina, [a cotação da moeda americana] volta para três, três e pouquinho. Preocupação zero”, afirmou.