"Se não tiver rico, quem vai dar emprego para o pobre?", diz socialite paulistana que apoia Bolsonaro

"A linda também pode se sentir complexada, ter problemas. Todo mundo é igual. A esquerda quer colocar o rico como uma coisa ruim, mas a sociedade precisa de todos os níveis socia is", diz a empresária que faz parte do grupo #bolsolindas, criado por Joyce Hasselmann.

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A Folha de S.Paulo desta quinta-feira (25) traz uma reportagem escrita por Eliane Trindade que mostra o que pensa um grupo de mulheres intitulado “Bolsolindas”, que apoiam o candidato Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República. O nome foi criado pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL) e o grupo reúne mulheres da alta sociedade de São Paulo. Ainda de acordo com a publicação, essas mulheres se mobilizam na campanha em “points” badalados da noite paulistana e em suas redes sociais, como Instagram e WhatsApp. A reportagem acompanhou um encontro do grupo, que aconteceu no dia 4 de outubro em um restaurante de um amigo de uma das participantes do grupo. A organizadora foi a empresária de moda Dani Carvalho, de 42 anos. Naquele dia, ela teria feito uma fala bem empolgada sobre as eleições, que algumas mulheres mais "animadas" responderam com o gesto que imita uma arma com os dedos. Algumas convidadas que vestiram a camiseta com o rosto de Bolsonaro foram a modelo Cássia Ávila, a empresária Carol Andraus e a socialite Alessandra Campiglia. A reportagem entrou em contato dom Dani para ela falar sobre o País. Em entrevista, ela disse que existe uma polarização e que as pessoas julgam muito. “Das coisas que mais aprendi com a política é que a gente não pode classificar as pessoas”, disse ela. Dani afirmou que “muitas vezes, a rica já foi muito pobre. A linda também pode se sentir complexada, ter problemas. Todo mundo é igual. A esquerda quer colocar o rico como uma coisa ruim, mas a sociedade precisa de todos os níveis sociais. Se não tiver rico, quem vai dar emprego para o pobre? E linda, daqui a pouco, envelhece”. De acordo com ela, “essa coisa de dizer que ele é fascista, racista e homofóbico é pequena diante do que estamos passando”. Ela afirma acreditar que Bolsonaro vai trazer uma mudança. “Temos que deixar todos esses ‘ismos’ de lado. O mais importante é acabar com a corrupção e ter segurança, para andar na rua e ser mais livre”, afirmou. Ela também diz que tem amigos que são gays e lésbicas e que acha “maravilhoso” que as pessoas sejam homossexuais. “Se quer ser, tudo bem, mas tem que respeitar quem não é”. Além disso, ela também diz ser a favor de muitas coisas que Bolsonaro fala. “Cota tem de ser para pobre, não para negros. Acho também que Bolsonaro já falou muita coisa errada, que até ele mesmo não concorda. Algumas são exagero, mas tem muita coisa editada. Ele é pai de família”, argumentou. Se dizendo a favor da posse de arma, ela diz que não é a favor do porte. “Em casa, com tudo regulamentado. Já tive namorado político que andava armado. Sei que é polêmico. Tem que pensar melhor. No meio da rua, todo mundo armado pode ser perigoso”, afirmou dizendo que é preciso que isso seja aprovado dentro da Constituição. Ela também acredita que, se Bolsonaro for um presidente ruim, o povo irá para as ruas de novo. Leia a reportagem na íntegra.