
Durante audiência pública virtual realizada nesta terça-feira na Câmara de Vereadores de São Paulo, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, tentou minimizar as críticas da professora Camila Santos, da educação infantil, ao dizer que ela é filiada a um partido político. A discussão girava em torno do Projeto de Lei 452/2020, que estabelece medidas para o retorno às aulas presenciais na cidade.
“Quero cumprimentar a professora Camila e aqui dizer, sem desrespeitá-la, mas é importante que as pessoas saibam, ela é filiada a um partido político. Coloca isso em suas redes sociais de maneira muito clara, é professora da educação infantil, mas a gente entende que aqui nessa casa questões políticas são pertinentes, mas é preciso deixar claro para as pessoas. Em nenhum momento, estou fazendo defesa de partido. Sou um gestor público”, disse o gestor logo no início de sua fala.
A declaração gerou imediata reação. “Não podemo aceitar a desqualificação dos participantes não”, disse uma das presentes. “As pessoas tem direito de participar do partido que quiserem”, respondeu outra. “Você está sendo desrespeitoso, secretário”, acrescentou mais uma das participantes.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereador João Jorge (PSDB), criticou as reações. “Impossível dialogar com esse povo”, disse.
A defesa do correligionário gerou ainda mais rechaço. “Dialogar? Vocês não deixam a população falar. Diálogo é quando as pessoas são ouvidas”, responderam outros debatedores.
Camila Santos foi uma das participantes da audiência a se colocar contra o PL.
Assista, a partir do minuto 1h41: