Secretário de Privatização de Bolsonaro toma invertida de petroleiro ao dizer que "sindicatos foram enquadrados"

"Próxima greve será ainda maior e, pelo andar da carruagem, vamos nos juntar ao povo contra seu governo autoritário e golpista", rebateu Tadeu Porto, da FUP

Salim Mattar, secretário de Desestatizações e Desinvestimentos do Ministério da Economia (Divulgação)
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O Secretário de "Desestatização" do governo Jair Bolsonaro, o bilionário empresário Salim Mattar, tomou uma invertida nas redes sociais ao comemorar que "os sindicatos foram enquadrados" durante a greve dos petroleiros e "agora serão mais cuidadosos antes de fazerem greves".

Tadeu Porto, diretor da Frente Única dos Petroleiros que fez parte da Comissão de Negociação que ocupou o edifício sede da Petrobras, afirmou que "a próxima greve será ainda maior e, pelo andar da carruagem, vamos nos juntar ao povo contra seu governo autoritário e golpista".

"Lembrou da nossa greve? Teve que ficar pianinho durante os 20 dias pois sabia que a opinião pública estava com os petroleiros", escreveu ainda Tadeu.

https://twitter.com/tadeuporto/status/1232676275837337602?s=08

Com uma fortuna estimada em R$ 1,8 bilhão, Mattar já havia criticado a greve dos petroleiros que, segundo ele, seriam “privilegiados que trabalham nas estatais”.

“Os petroleiros, que são bem remunerados e têm uma série de benefícios e privilégios por trabalharem numa estatal, anunciaram greve a partir de sábado. A Petrobras considera a mobilização descabida. Enquanto isso 12 milhões de brasileiros comuns seguem procurando emprego”, tuitou, comparando à massa de desempregados no setor privado, do qual faz parte.