Secretário de Guedes diz que não há plano B para Auxílio Brasil

Sem PEC do Precatórios, programa teria um valor igual ao do Bolsa Família

ministros da Economia, Paulo Guedes, participa do lançamento do programa Gigantes do Asfalto Palácio do Planalto.
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Esteves Colnago, secretário recém-empossado do especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, disse nesta sexta-feira (29) que o governo Bolsonaro não trabalha com um plano B para o Auxílio Brasil caso a PEC dos Precatórios seja rejeitada na Câmara dos Deputados. A proposta defendida por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro parece não ter os votos necessários.

“O Ministério da Economia não trabalha com outro plano que não seja aprovação da PEC. É isso que nós acreditamos que vai passar”, afirmou o secretário à CNN Brasil. “O valor médio de R$ 400 depende da PEC”, completou.

O Auxílio Brasil, estabelecido atrás de um Medida Provisória que acaba com o já consolidado Bolsa Família, dependeria da aprovação da PEC dos Precatórios no Congresso. Ao atrasar o pagamento de dívidas judiciais (precatórios), o texto cria um “espaço fiscal” para que o governo gaste até R$ 100 bilhões a mais no orçamento.

A proposta limita o valor de despesas anuais com precatórios, corrige seus valores exclusivamente pela taxa Selic e muda a forma de calcular o teto de gastos – o que gerou críticas por “furar o teto”.

Sem a aprovação da PEC, Colnago aponta que o Auxílio Brasil não teria um valor diferente do Bolsa Família, que está em R$190 em média. "O que conseguimos encaminhar hoje é com correção pela inflação [do valor do Bolsa Família], em torno de R$ 220 ou R$ 222", disse.

Essa opção demonstra que o objetivo do governo não é estruturar um programa de auxílio robusto, apenas colocar fim no Bolsa Família.