Segundo Banco Mundial, miséria no Brasil aumentou antes da chegada do coronavírus, mas pode piorar

Dados divulgados pelo organismo internacional mostram que número de brasileiros abaixo da linha da miséria cresceu desde o golpe iniciado por Aécio, executado por Temer e consolidado com o atual presidente

Foto: Arquivo/EBCCréditos: EBC/Reprodução
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O aumento da miséria no Brasil tem sido cada vez mais acentuado, desde o início do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, segundo dados revelados nesta semana pelo Banco Mundial.

Um informe do organismo mostra que, ao final de 2017, quando Michel Temer estava mais de um ano no poder (assumiu em maio de 2016), o Brasil tinha 9,25 milhões de pessoas vivendo com menos de 1,90 dólares por dia. Ao final de 2018, pouco antes de Bolsonaro assumir, essa quantidade já havia aumentado para 9,3 milhões.

Isso significa que o crescimento do número de pessoas na miséria no Brasil entre 2014 e 2018 foi de 67%, cifra detalhada pelo mesmo informe do Banco Mundial. Na América Latina, os números do Brasil só superam os de países como Equador (que vive problemas de gestão com Lenín Moreno), Argentina (que ainda sofre as consequências do governo neoliberal de Mauricio Macri) e Honduras (que passa por turbulências políticas desde o golpe de Estado, em 2009).

Apesar de que foi o quarto ano consecutivo de aumento dessa cifra, ela tem se tornado maior a partir da consumação do golpe contra Dilma Rousseff, iniciado por Aécio Neves (ao não reconhecer a vitória eleitoral de sua adversária), executado por Michel Temer e consolidado com a chegada ao poder de Jair Bolsonaro.

Mas a situação pode ficar pior, já que as medidas anunciadas pelo governo de Bolsonaro a partir da chegada ao país da pandemia de covid-19, não são suficientes para garantir uma melhor condição de vida à população pobre, mais dependente da renda informal e mais vulnerável à paralisação da economia devido ao isolamento social.