Seis ex-ministros lançam manifesto pela Educação: "No atual governo, ela é apresentada como ameaça"

Fernando Haddad, Aloizio Mercadante, Renato Janini, José Goldemberg, Murílio Hingel e Cristovam Buarque se reuniram na manhã desta terça-feira (4) no Instituto de Estudos Avançados da USP para apresentar uma carta em defesa das políticas públicas da área

Fernando Haddad e Aloizio Mercadante (Arquivo)
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Os ex-ministros da Educação Fernando Haddad, Aloizio Mercadante, Renato Janini, José Goldemberg, Murílio Hingel e Cristovam Buarque se reuniram na manhã desta terça-feira (4) no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) para apresentar uma carta em defesa das políticas públicas da área, pedindo a garantia de recursos, maior autonomia universitária e igualdade de acesso. O grupo também se coloca contr a “perseguição ideológica” e aos cortes da pasta. “Contingenciamentos ocorrem, mas em áreas como educação e saúde, na magnitude que estão sendo apresentados, podem ter efeitos irreversíveis e até fatais. (...) Cortar recursos da educação básica e do ensino superior, no volume anunciado, deixará feridas que demorarão a ser curadas”, diz o documento. Para eles, a educação deixou de ser vista como uma promessa. “Vemos que, no atual governo, ela é apresentada como ameaça”. Segundo a nota, é preciso respeitar a profissão docente, “que não pode ser submetida a nenhuma perseguição ideológica”. “Convidar os alunos a filmarem os professores, para puni-los, é uma medida que apenas piora a educação, submetendo-a a uma censura inaceitável”, afirmaram, no documento. Leia a Íntegra da carta dos ex-ministros da Educação