Sem provas de corrupção, Dodge pede que inquérito contra Zé e Zeca Dirceu vá para a Justiça Eleitoral

STF analisará parecer da procuradora-geral, que segue entendimento da própria Corte sobre casos com indícios de delitos eleitorais

Foto: Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el
Reportagem de André de Souza, na edição desta quinta-feira (28) do jornal O Globo, informa que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não encontrou provas de crime de corrupção em inquérito que investiga o ex-ministro José Dirceu e o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) a partir de delação da Odebrecht. Em parecer entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), ela pede que o caso seja encaminhado à Justiça Eleitoral para apuração de eventual Caixa 2, com base no entendimento da própria Suprema Corte de que essa é a instância adequada para apuração de indícios de delito eleitoral. A decisão de acatar ou não o pedido do Ministério Público será do ministro Edson Fachin, que relata os processos da Lava-Jato no Supremo. "Da análise dos autos, observa-se que, embora não se possa descartar que as doações apuradas visaram a uma contrapartida, até o momento não surgiram elementos probatórios para apontar neste sentido", avaliou Dodge. O processo se encontra no STF em razão do foro privilegiado do deputado Zeca Dirceu. A suspeita em investigação é de que o parlamentar teria recebido da Odebrecht o total de R$ 500 mil para as suas campanhas de 2010 e 2014, a pedido do pai dirigido a Fernando Reis, um dos delatores da empresa. O inquérito no STF foi instaurado  em 2017, a pedido do então procurador-geral Ricardo Janot. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.