Senador e assessores de Bolsonaro são interceptados em inquérito sobre rede de prostituição

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Um inquérito conduzido pela Polícia Civil do DF investiga um agenciador que usa garotas de programa para se aproximar de políticos em Brasília. Senador Ivo Cassol (PP-RO) e assessores dos deputados Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, apesar de não serem os alvos das investigações, caíram nas escutas autorizadas pela Justiça por manterem diálogo com o investigado  Por Redação*  O senador Ivo Cassol (PP-RO) e assessores dos deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) tiveram conversas interceptadas no âmbito de um inquérito conduzido pela Polícia Civil do Distrito Federal. As informações foram divulgadas essa semana pelo portal Metrópoles. A polícia investiga a atuação de uma rede de prostituição que agiria em Brasília e no Rio Grande do Sul e trabalha com a possibilidade das garotas de programa serem usadas por um agenciador, João Wilson Costa Sampaio, para conseguir se aproximar de políticos e conseguir benefícios em pautas de seu interesse. O senador e os assessores parlamentares não são o objeto da investigação, mas acabaram caindo nas escutas com autorização judicial porque mantiveram diálogos com o cafetão investigado. Nos últimos meses, João Wilson monitorado pela Polícia Civil, que descobriu que o homem chegou a oferecer como prostituta até mesmo a própria companheira, com quem tem dois filhos. Um dos temas de interesse do agenciador seria a regulamentação da fosfoetanolamina, popularmente conhecida como pílula do câncer. Jair Bolsonaro (PSC-RJ), parlamentar cujo um dos assessores aparece nas interceptações, é um dos principais defensores da regulamentação da  fosfoetanolamina na Câmara. Já Ivo Cassol, além de manter conversas com o agenciador, foi gravado em diálogos com uma das garotas de programa, identificada como Gabriela. Em uma das conversas, o senador teria colocado seu gabinete "à disposição" da garota. Em nota, o senador Ivo Cassol, apesar de não ser o objeto da investigação, esclareceu que manteve diálogos com a mulher apontada como garota de programa para falar sobre a chamada "pílula do câncer" e que o "colocar o gabinete à disposição" significa, na verdade, deixar o chefe de gabinete disponível para discutir e resolver assuntos técnicos. Os assessores dos deputados, por sua vez, não se pronunciaram, até o momento, sobre o assunto. Abaixo, confira a nota divulgada por Ivo Cassol.   Com profunda indignação tomei conhecimento que meu nome foi indevidamente envolvido com prostituição por alguns veículos da imprensa.  Diante disso, venho a público esclarecer que:
  1. A audiência tratada com o cidadão de nome João Wilson Costa Sampaio e com a mulher de Gabriela foi pública e gravada, como mostra o vídeo disponibilizado neste link: https://youtu.be/anUIM8vEEFk 
  1. O assunto tratado em questão também foi público e se discutiu a liberação da fosfoetanolamina, conhecida como “Pílula do Câncer”. Na ocasião Gabriela forneceu um vídeo da irmã de 9 anos com câncer.
  2. Colocar o gabinete à disposição é deixar o chefe de gabinete disponível para discutir e resolver assuntos técnicos. Este gabinete, aliás, está sempre à disposição do povo brasileiro e procura resolver as solicitações da população da melhor forma possível, dentro da legalidade.
  3. É dever de todo parlamentar receber e atender bem a todos os cidadãos, independe de credo, raça, orientação sexual, religião ou vida particular. Cada pessoa deve responder pelo seu CPF e não cabe aqui julgamentos.
  4. Confio no trabalho e na eficiência da polícia e é meu maior interesse que esse assunto seja investigado, apurado e esclarecido para que fique comprovado que não houve nenhuma prática ilícita de minha parte nem do meu gabinete.
*Com informações do portal Metrópole, O Popular e Extra de Rondônia