Senadores consideram decisão de Fux como "grande vitória" da CPI

Em coletiva, Humberto Costa criticou PF e Renan Calheiros classificou a Covaxin como "uma espécie de lixo da Índia"

Randolfe Rodrigues Humberto Costa e Renan Calheiros - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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Em coletiva de imprensa realizada após a suspensão do trabalhos da CPI do Genocídio nesta terça-feira (13), os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL) e Humberto Costa (PT-PE) celebraram como uma "grande vitória" a posição do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em reconhecer que há limites no direito ao silêncio.

"O direito ao silêncio é um instrumento para não se autoincriminar, mas não pode ser utilizado como escudo para impedir que a investigação avance", disse Rodrigues, que é vice na CPI. Para ele, a decisão de Fux faz os depoentes “pensar duas vezes” antes de tentar extrapolar o direito ao silêncio.

"O direito ao silêncio não pode ser usado para obstruir a investigação", completou.

Calheiros, relator da comissão, afirma que a CPI não pretende fazer "pegadinhas" para comprometer testemunhas. "A CPI não vai expor ninguém ou vai fazer perguntas ou 'pegadinhas' para fazer alguém se autoincriminar. O que queremos é o esclarecimento definitivo dos fatos", declarou.

O senador classificou a vacina Covaxin como "uma espécie de lixo da Índia" e cobrou que Emanuela Medrades, diretora-técnica da Precisa Medicamentos, não se cale no depoimento de quarta-feira.

CPI x Polícia Federal

Costa, por sua vez, criticou a atuação da Polícia Federal. Senadores acreditam que a instituição esteja sendo usada para atrapalhar a colhida de depoimentos pela comissão. "A nossa avaliação, diante de todos esses fatos, é de que o governo está detendo o controle sobre algumas instituições de estado", afirmou o senador.

Com informações do Senado Notícias, da CNN Brasil e do G1