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Em declaração no Senado, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, disse que não acompanhava investigação da Polícia Federal sobre supostos hackers que teriam invadido seu aparelho celular, e que não receberia informações sigilosas. No entanto, o que se vê no Twitter do ex-juiz federal é exatamente uma forte presença de Moro na atuação da PF, subordinada ao seu ministério.
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Como destaca o jornalista Leandro Colon, em coluna publicada na Folha nesta segunda-feira (28), o Moro do Twitter desmentiu o Moro do Senado. Em audiência na CCJ, no dia 19 de junho, o ministro declarou que "a investigação [sobre supostos hackers] está sendo realizada com autonomia pela Polícia Federal. [...] Então, eu não acompanho, pari passu, cada um desses acontecimentos" e que "investigação é sigilosa. Então, não se pode informar fatos relativos a essa investigação, sob risco de ineficácia".
No entanto, no dia seguinte ao depoimento do suposto líder do grupo de hackers que teriam invadido o telefone de Moro e de procuradores do MPF, postou em seu Twitter que o grupo seria "a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime" e que "pelo apurado, ninguém foi hackeado por falta de cautela".
https://twitter.com/SF_Moro/status/1154076171015004161
https://twitter.com/SF_Moro/status/1154437163586662401
Após as mensagens, o ministro ainda telefonou para autoridades que supostamente tiveram o telefone invadido, demonstrando que teria conhecimento do passo-a-passo da investigação sigilosa. O PT apresentou pedido de prisão de Moro por conta do acesso a esse inquérito que corre sob sigilo.