Serra só não foi para a cadeia por ser senador; tucano reclama de "espetacularização"

Representação do MPSP que pediu autorização à Justiça para desencadeamento da operação diz que há "fundados indícios" sobre Caixa 2 de José Serra em 2014

José Serra (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Escrito en POLÍTICA el

Alvo do braço eleitoral da Lava Jato nesta terça-feira (21), José Serra (PSDB) só não foi para a cadeia por "exercer cargo de Senador da República", de acordo com a representação à Justiça feita pelos promotores paulistas, ressaltando que há "fundados indícios" sobre os supostos crimes praticados pelo tucano, acusado de ter recebido R$ 5 milhões via Caixa 2 na campanha de 2014.

Leia também: Lava Jato usa grupo de elite da PF em nova ação contra José Serra em SP

Serra teve os bens bloqueados, assim como o empresário José Seripieri Filho, o Júnior, dono da Qualicorp. Como a ação foi autorizada por um juiz de primeira instância, por ser um desdobramento da Lava Jata no Ministério Público paulista, o gabinete do senador em Brasília foi blindado por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

Em nota, Serra reclama da "espetacularização que tem permeado ações deste tipo no país".

"O senador José Serra foi surpreendido esta manhã com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa, na qual, ressalte-se, José Serra jamais foi ouvido", diz a nota, divulgada pela defesa do Senador e publicado no jornal O Estado de S.Paulo.

Já o PSDB de São Paulo informou que reitera sua confiança no senador José Serra, "pautada nos mais de 40 anos de uma vida pública conduzida de forma proba e correta. Mantemos nossa confiança no poder judiciário e no esclarecimento dos fatos".

Temas