Servidores da Alerj, entre eles os de Flávio Bolsonaro, negociam delação premiada

Oito funcionários integram um grupo de 75 servidores (ou ex-servidores) suspeitos de participar do esquema de “rachadinha” dentro da Alerj

O senador Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
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Oito servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) negociam delação premiada com o Ministério Público do Rio.

De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no Globo desta terça-feira (23), eles integram um grupo de 75 servidores (ou ex-servidores) suspeitos de participar do esquema de “rachadinha” dentro da Alerj.

O esquema veio à tona em 2018, através de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Estes funcionários estavam lotados nos gabinetes de 22 deputados, inclusive do então deputado Flávio Bolsonaro.

Queiroz preso

O policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Jair e Flávio Bolsonaro, foi preso na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Civil em uma chácara em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel pertence a Frederick Wassef, que é advogado do senador e também do presidente, no caso Adélio Bispo.

Mandados de busca e apreensão

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu uma série de mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o que inclui Fabrício Queiroz e parentes da ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle. As medidas miram acusações de lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público.

Reportagem da revista Época em maio deste ano revelou que Ana Cristina, segunda esposa de Jair Bolsonaro e mãe de Jair Renan, teve ao menos 12 parentes de sua família empregados como funcionários fantasmas no gabinete de Flávio, assim como no do ex-marido na época em que era deputado federal. Segundo a reportagem, os parentes devolviam até 90% dos salários recebidos em funções públicas, prática conhecida como “rachadinha”.