Sistema financeiro já vê Mourão como "proteção de risco" ao naufrágio de Bolsonaro

Proteção do risco - "hedge", no jargão financeiro - de naufrágio está relacionada à aprovação da reforma da Previdência, única linha que ainda liga Bolsonaro aos sistema financeiro

Bolsonaro e Mourão (Divulgação/PR)
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Coluna da jornalista Raquel Landim, na edição desta sexta-feira (18) da Folha de S.Paulo, informa que o sistema financeiro segue assustado com a falta de habilidade política do governo Jair Bolsonaro - reconhecida pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes - e já vêem o vice, general Hamilton Mourão, como "hedge" de um naufrágio precoce do capitão. No linguajar financeiro, “hedge” é uma tomada de posição para se proteger de um risco. Segundo a jornalista, que transita em meio ao "mercado" há quase duas décadas, a proteção do risco de naufrágio está relacionada à aprovação da reforma da Previdência, única linha que ainda liga Bolsonaro aos sistema financeiro. Raquel Landim cita que não foi à toa que cerca de 600 empresários fizeram fila para receber o vice-presidente na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na terça-feira (26). "Os adjetivos que ouvi de um dirigente de uma grande empresa para descrever Mourão foram “preparado”, “articulado”, “muito ponderado” – tudo que Bolsonaro não tem demonstrado ser", relata. Ressaltando que não está dizendo que "existe um movimento entre os “donos” do PIB pelo impeachment do presidente", mas um desejo "de boa parte da elite que apoiou Bolsonaro na eleição" para que ele "passe a se empenhar na aprovação da reforma da Previdência e deixe de sabotar o próprio governo". "O recado dos empresariado, contudo, foi dado: se o presidente não sair do Twitter e começar a governar, o Brasil tem opções", conclui. Leia a coluna de Raquel Landim na íntegra. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.