Sob ataque, Maia escolhe o silêncio para aliviar tensões com Bolsonaro

O presidente da Câmara cancelou duas entrevistas previstas para esta segunda-feira

Bolsonaro e Rodrigo Maia (Foto: Carolina Antunes/PR)
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Depois de soltar uma dura nota no domingo (19) condenando a participação do presidente Jair Bolsonaro em atos pró-intervenção militar, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), optou por acalmar os ânimos.

O parlamentar cancelou duas entrevistas previstas para acontecer nesta segunda-feira (20) para evitar aprofundar crise política. Segundo Bruno Góes, do Jornal Extra, se fosse perguntando sobre os atos pró-intervenção militar, ele iria "responder à altura".

“O mundo inteiro está unido contra o coronavírus. No Brasil, temos de lutar contra o corona e o vírus do autoritarismo. É mais trabalhoso, mas venceremos. Em nome da Câmara dos Deputados, repudio todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição”, escreveu Maia no domingo.

Apesar do recuo de Maia, Bolsonaro e seus aliados seguem em uma ofensiva contra o deputado. O presidente publicou um vídeo chamando o parlamentar de mentiroso e compartilhou uma entrevista em que o ex-deputado federal Roberto Jefferson acusa Maia de tramar um golpe.

Nesta segunda, Jefferon repetiu a "dedução" em entrevista ao Estado de S. Paulo e disse que “vai ter sangue” caso o presidente da Câmara protocole pedido de impeachment contra Bolsonaro.