Sob gestão Bolsonaro e Guedes, PIB recua 0,2%; indústria e agropecuária puxam queda

IBGE mostra que economia sai da estagnação e começa a dar marcha à ré. Crise e falta de confiança nas políticas de Bolsonaro e Guedes derrubam investimentos

Paulo Guedes e Bolsonaro. (Reprodução)
Escrito en POLÍTICA el
Sob a presidência de Jair Bolsonaro e o comando do ministro Paulo Guedes a economia brasileira saiu da estagnação e começa a dar marcha à ré. O IBGE informou nesta quinta-feira (30) que o PIB contraiu 0,2% de janeiro a março, ante o 4º trimestre de 2018, confirmando o fracasso das políticas econômicas do novo governo, que está focado sobretudo em uma proposta liberalizante de reforma da Previdência. É o primeiro resultado no vermelho após dois anos (oito trimestres) seguidos de lenta recuperação da atividade, com quadro quase de estagnação. A queda foi puxada por dois setores que são o foco de Bolsonaro: Indústria e Agropecuária. A indústria encolheu 0,7% e a agropecuária retraiu 0,5%, com a quebra de safra da soja, a mais importante lavoura do país, no Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul. Em relação ao início de 2018, a indústria e a agropecuária também encolheram 1,1% e 0,1%, respectivamente. Nenhum dos indicadores da demanda também demonstrou dinamismo que pudesse apontar uma saída para o marasmo. Em relação ao 4º trimestre, o consumo das famílias subiu 0,3% e os gastos do governo, 0,4% A crise econômica na Argentina de Maurício Macri, aliado de Bolsonaro, também contribuiu para a retração da economia. As exportações recuaram 1,9% no primeiro trimestre, em relação ao fim do ano passado. Já as importações, subiram 0,5%. Crise política e de confiança A pior informação trazida pelo IBGE, porém, aparece no investimento, cujos números deixam claro que a desconfiança em relação à política do governo está cada vez mais latente. A queda foi de 1,7% em relação ao fim do ano ano passado. A eleição de Bolsonaro havia recobrado os ânimos de empresários e consumidores, mas os índices voltaram a recuar em março e abril, com a piora da crise política. Sem confiança, não há investimento.