STF estuda chamar Bolsonaro para depor sobre ataques às urnas eletrônicas

Caso as “provas” de fraude não surjam, o presidente passará, então, a responder por denunciação caluniosa

Foto: Nelson Jr./ ASICS/TSE
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Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já discutem uma maneira de coibir os ataques de Jair Bolsonaro à legitimidade das urnas eletrônicas. O presidente, frequentemente, usa argumentos nada convincentes para tentar colocar em dúvida as eleições de 2022.

De acordo com informações do blog Radar, na Veja, a ideia é abrir um inquérito no STF e intimar Bolsonaro a depor como informante. Caso as “provas” de fraude não surjam, o presidente passará, então, a responder por denunciação caluniosa.

Na sexta-feira (16), a base governista na Câmara dos Deputados apelou para uma manobra e adiou a votação do tema. A medida foi tomada porque os bolsonaristas sabiam que iriam perder.

Deputados da oposição ingressaram com pedido para que a comissão retornasse no mesmo dia. Porém, não conseguiram. A votação sobre voto impresso ficou para depois do recesso parlamentar, no dia 5 de agosto.

Irritação

O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-SP), presidente da comissão do voto impresso na Câmara, divulgou uma nota nesta sexta-feira (16) afirmando que houve um “acordo” pela remarcação da sessão que votará o relatório do deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR) sobre a PEC 135/19. O comentário irritou o PSOL.

A mensagem incomodou a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que reagiu: “O PSOL não deu acordo para o descumprimento do regimento”. Isso fez com que ele retificasse.

“A afirmação é totalmente falsa e, sinceramente, considero uma molecagem. Não houve nenhum acordo. O PSOL jamais acordaria com uma manobra tão absurda e iremos nos opor frontalmente a este tipo de manobras que já se tornaram corriqueiras na base de um governo autoritário e negacionista”, disse Melchionna em nota enviada à imprensa.