#STFVergonhaNacional: Revoltados, bolsonaristas sobem tag e pregam fechamento do Supremo

Apoiadores da Lava Jato e bolsonaristas se mobilizam nas redes sociais contra o STF, que já estaria trabalhando por um afastamento de Deltan Dallagnol depois das novas revelações da Vaza Jato

Reprodução/Twitter
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Bolsonaristas e apoiadores da operação Lava Jato voltaram, nesta sexta-feira (2), a atacar um antigo alvo: o Supremo Tribunal Federal (STF). Com a tag #STFVergonhaNacional, que atingiu o topo dos assuntos mais comentados do Twitter, perfis das rede de defensores de Bolsonaro e Moro, acompanhados de robôs, lotam a linha do tempo da rede social com mensagens revoltadas contra a instituição. O motivo são os rumores de que a Corte já estaria trabalhando por um afastamento do procurador Deltan Dallagnol. Desde quinta-feira (1), quando nova matéria da série Vaza Jato revelou que o procurador de Curitiba atuou, ao arrepio da lei, para investigar Dias Toffoli, ministro do STF, que outros ministros já vêm sinalizando uma postura diferente com relação aos abusos de procuradores envolvidos na operação Lava Jato.  

Mudança de postura

A reação do STF, para a revolta dos bolsonaristas e lavajatistas, foi imediata. O ministro Alexandre de Moraes, logo após o novo escândalo vir à tona, mandou suspender investigações da Receita Federal contra ministros da Corte. Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello também reagiram. “As revelações da Folha explicitam os abusos perpetrados pela denominada força-tarefa. E reclamam as providências cabíveis por parte de órgãos de supervisão e correição. Como eu já havia apontado antes, não se trata apenas de um grupo de investigação, mas de um projeto de poder que também pensava na obtenção de vantagens pessoais”, disse Mendes, que ainda completou: “Ninguém deve saldar hackeamento, mas as revelações são extremamente graves e mostram que era um modelo que não tinha limites. E ia dar onde deu. Vocês já me ouviram falar várias vezes sobre isso. O trapezista morre quando pensa que voa. Taí o resultado “. “Isso é incrível, porque atua no STF o procurador-geral da República. É inconcebível que um procurador da República de primeira instância busque investigar atividades desenvolvidas por ministros do Supremo”, afirmou Marco Aurélio. Ainda na quinta-feira, Alexandre de Moraes, que relata processo contra “fake news”, solicitou em regime de urgência (48 horas) a entrega de todo o material que a Polícia Federal obteve a partir de suposto hacker. Assim, o caso sairia das mãos da PF, subordinada de Moro, que parece não se importar com o conteúdo dos vazamentos.  

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