Suplicy se recusa a participar de debate sobre segurança pública com MBL

Pelo Facebook, vereador explicou as razões: “Foram reveladas ações violentas de autoria de membros do MBL, das quais eu discordo com veemência”

Eduardo Suplicy. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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[caption id="attachment_129651" align="alignnone" width="620"] Suplicy: "Em diálogo com dirigentes do PT e minha assessoria, avaliei que nessas circunstâncias eu não deveria participar de um debate com lideranças de um movimento que tem agido com desrespeito, ofensas e violência" - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado[/caption] O vereador Eduardo Suplicy divulgou, em sua página no Facebook, uma mensagem onde explica as razões que fizeram com que ele decidisse não participar de um debate sobre segurança pública, no próximo dia 7, com a presença de representantes do MBL. “Após ter aceitado participar do diálogo sobre segurança pública com vocês, marcado para o próximo dia 7 - sempre avaliei como importante dialogar com todas as pessoas, inclusive aquelas com as quais tenho divergências - foram reveladas ações violentas de autoria de membros do MBL, das quais eu discordo com veemência, como a divulgação em larga escala de notícias falsas sobre Marielle Franco e a participação de grupos extremistas, que lançaram pedras, ovos e deram tiros na Caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos estados do Sul”. Acompanhe e íntegra da nota: Prezados Fernando Holiday e Kim Kataguiri, No dia 4 de abril se completarão 50 anos do assassinato de Martin Luther King Jr., que deu extraordinários exemplos ao longo de sua vida em defesa dos direitos humanos e civis iguais para todas as pessoas. Procuro sempre seguir as suas recomendações, como as que tão bem expressou em 23 de agosto de 1963, quando se comemoravam os 100 anos da Abolição da Escravidão nos EUA, num dos mais belos discursos da história da humanidade, “Eu Tenho um Sonho”: “Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo do cálice da amargura e do ódio. Precisamos sempre conduzir nossa luta no plano alto da dignidade e da disciplina. Não podemos deixar nosso protesto criativo degenerar em violência física. Todas as vezes, e a cada vez, nós precisamos alcançar as alturas majestosas de confrontar a força física com a força da alma.” Após ter aceitado participar do diálogo sobre segurança pública com vocês, marcado para o próximo dia 7 - sempre avaliei como importante dialogar com todas as pessoas, inclusive aquelas com as quais tenho divergências - foram reveladas ações violentas de autoria de membros do MBL, das quais eu discordo com veemência, como a divulgação em larga escala de notícias falsas sobre Marielle Franco e a participação de grupos extremistas, que lançaram pedras, ovos e deram tiros na Caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos estados do Sul. Em diálogo com dirigentes do PT e minha assessoria, avaliei que nessas circunstâncias eu não deveria participar de um debate com lideranças de um movimento que tem agido com desrespeito, ofensas e violência para com pessoas como o ex-presidente Lula, a ex-presidenta Dilma Rousseff e o próprio PT. Desta maneira, mesmo após a reunião que tivemos na semana passada em meu gabinete, em que estabelecemos procedimentos de respeito mútuo, nas circunstâncias presentes compreendo que não devo participar do encontro que havíamos programado. Agradeço a atenção e o respeito que tiveram para comigo, e acredito que saberão compreender a minha decisão. Respeitosamente, Eduardo Matarazzo Suplicy