Tecnologia permite atendimento à distância, pelo celular, de serviços de portaria

Em reportagem, Jornal Nacional ressaltou que Bolsonaro estava em Brasília quando um dos assassinos de Marielle Franco foi autorizado pelo "Seu Jair", da casa 58, a entrar em condomínio. Carlos Bolsonaro também tenta provar que não estava em casa

Bolsonaro e o filho, Carlos (Reprodução/Flickr)
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Entusiasta da tecnologia, o clã Bolsonaro deve saber que já há algum tempo alguns aparelhos disponíveis no mercado permitem acesso aos serviços de portaria sem estar em casa - e permitir ou não a entrada de convidados. Pela internet, é fácil encontrar diversas marcas que vendem a tecnologia, como a empresa Legrand, que diz que a "tecnologia no setor de segurança eletrônica tem sido muito valiosa, uma “fiel escudeira” para reforçar a segurança das pessoas mesmo quando elas estão longe de casa", ao anunciar a linha de produtos de vídeo porteiro pelo celular com imagem colorida. Outra fabricante, a HDL também oferece um interfone com função "siga-me", que liga para você quando não estiver em casa. Na reportagem que envolve Jair Bolsonaro no assassinato da vereadora Marielle Franco, o Jornal Nacional ressaltou que o então deputado estava Brasília no dia 14 de março de 2018, quando o porteiro disse que o "Seu Jair" autorizou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz no condomínio. O porteiro explicou que, depois que Élcio entrou, ele acompanhou a movimentação do carro pelas câmeras de segurança e viu que o carro tinha ido para a casa 66 do condomínio. A casa 66 era onde morava Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson. Carlos Bolsonaro, que mora na casa 36 do mesmo condomínio, também correu às redes para tentar provar que não estava em casa.