Temer surpreende e sai em defesa de Dilma: "Tem presença"

Michel Temer foi questionado em entrevista sobre a possível ausência de Dilma na campanha de Lula

Foto: Lula Marques/Agência PTCréditos: Lula Marques/Agência PT
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O ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu o governo após golpear a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), decidiu sair em defesa da ex-mandatária nesta terça-feira (18). Temer disse que Dilma deve participar da campanha eleitoral do ex-presidente Lula (PT).

"Ela foi presidente da República, ela tem seus adeptos. Acho que ela pode colaborar com a campanha. Vou dar um palpite aqui com muito cuidado, mas acho um equívoco ignorarem, porque ela [Dilma] tem uma presença", afirmou Temer em entrevista à jornalista Kelly Mattos em podcast do grupo RBS.

"É uma presença nacional que pode ser utilizada, não tenho dúvidas disso", completou.

A declaração do ex-presidente vem em meio às polêmicas sobre uma suposta ausência de Dilma na campanha de Lula. A ex-mandatária se reuniu com o ex-presidente na última quinta-feira (13). Lula sinalizou que novos encontros ainda virão.

Durante a conversa, a ex-presidenta teria expressado preocupação com a possibilidade do ex-governador ex-tucano Geraldo Alckmin concorrer como vice na chapa de Lula nas eleições de outubro. “O Geraldo Alckmin será o seu Michel Temer. Quando você mais precisar, ele ficará à disposição da oposição para tomar seu lugar”, teria dito Dilma a Lula, segundo o Poder360.

Relevância eleitoral de Dilma

Washington Quaquá, um dos vice-presidentes do PT, provocou polêmica neste início de ano ao alegar que Dilma perdeu “relevância eleitoral” quando foi questionado sobre a ausência da ex-presidenta em jantar do Grupo Prerrogativas que reuniu Lula e Geraldo Alckmin pessoalmente pela primeira ver.

A declaração foi rebatida pela presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e pela Secretaria de Mulheres do partido. Para a secretaria, a “régua” usada para dizer que Dilma é irrelevante não é usada para homens da legenda e o argumento da “irrelevância” é historicamente usado para obstaculizar a participação de mulheres na política.