Toffoli acena a Bolsonaro e vira articulador político na Câmara contra proposta do PSL

Dias Toffoli, presidente do STF, tem feito uma agenda não oficial com representantes do centrão com objetivo de barrar projeto do PSL que visa "revisar" medidas do Supremo

Jair Bolsoanro e Dias Toffoli (Foto: Marcos Côrrea/PR)
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, tem adotado uma agenda não-oficial voltada para parlamentares e partidos políticos com o objetivo de defender o Supremo contra um projeto PSL que visa combater um suposto "ativismo judicial". Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Depois de acenar a Bolsonaro ao defender poder de escolha do presidente na PGR, Toffoli está se preparando para enfrentar o PSL, partido de Bolsonaro. Ao acusar a suprema corte de "ativismo judicial", deputados da sigla querem colocar o Legislativo como revisor de atos que ultrapassem as funções do Judiciário. Nos atos realizados no domingo (30) em defesa de Sérgio Moro, muitos manifestantes defendiam o fechamento do STF. Segundo Julio Wiziack e Thais Arbex, na edição desta terça-feira (2) da Folha de S.Paulo, o centrão não comprou a proposta bolsonarista. Os deputados do bloco são os maiores alvos de Toffoli nas visitas ao parlamento. O PRB, com 31 deputados, é um dos partidos que estão na mira do presidente do STF e já orientou a bancada a não embarcar na aventura do PSL. Marcos Pereira (PRB-SP), vice-presidente da Câmara, tenta promover um encontro entre o partido e Toffoli, que já esteve com o PSD. Outra sigla visada é o DEM, que preside as duas casas legislativas. Há duas semanas, o presidente da legenda, ACM Neto, organizou para Toffoli um jantar com deputados, senadores, governadores e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Além do centrão, o chefe do Supremo também tenta uma interlocução com a bancada evangélica, que tem criticado o Judiciário pela criminalização da homofobia.