Toffoli volta atrás em decisão que permitia acesso a informações sigilosas de 600 mil pessoas

Sob pressão de procuradores do Ministério Público, o presidente do Supremo Tribunal Federal recuou

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el
O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou atrás, nesta segunda-feira (18), em decisão que concedia acesso a dados de movimentação financeira de cerca de 600 mil pessoas, após pressão de membros do Ministério Público. "Diante das informações satisfatoriamente prestadas pela UIF, em atendimento ao pedido dessa Corte, em 15/11/19, torno sem efeito a decisão na parte em que foram solicitadas, em 25/10/19 cópia dos Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs), expedidos nos últimos 3 (três) anos", disse Toffoli em decisão. O ministro havia solicitado que o Coaf, rebatizado de UIF (Unidade de Inteligência Financeira), lhe enviasse os Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) dos últimos três anos para "verificar como eles eram feitos". Na sexta-feira (15), o procurador-geral da República, Augusto Aras, se juntou a outros procuradores e pediu que Toffoli revogasse a própria decisão.