TSE dá 15 dias para Bolsonaro apresentar provas de suposta fraude eleitoral

O presidente voltou a disseminar essa tese na última quinta-feira, sem comprovar alegações

Foto: Alan Santos/PR
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O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, determinou nesta segunda-feira (21) que o presidente Jair Bolsonaro apresente em até 15 dias provas que sustentariam as alegações levantadas por ele de que houve fraude nas eleições presidenciais de 2018.

"Considerando o teor das manifestações que sugerem haver inconformidades no processo eleitoral, oficie-se às autoridades que as tenham produzido para que apresentem, no prazo de 15 dias, evidências ou informações de que disponham, relativas à ocorrência de eventuais fraudes ou inconformidades em eleições anteriores", diz ofício assinado por Salomão.

Em portaria anexada ao ofício, o relator lista 6 declarações públicas de Bolsonaro sobre suposta fraude, sendo a última do dia 9 de junho, durante culto em Anápolis, quando afirmou que teria ganho em primeiro turno.

Isso fez com que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, cobrasse a apresentação de provas, na quinta-feira (17). “Nunca houve fraude documentada. Jamais. Apenas o pedido de auditoria solicitado pelo então candidato Aécio Neves e que não se apurou impropriedade porque não há. Se o presidente da República ou qualquer pessoa tiver provas [de fraude] tem o dever cívico de entregá-la ao Tribunal e estou com as portas abertas”, disse o ministro.

No mesmo dia, o mandatário reafirmou a tese da fraude e ainda disse que houve irregularidades nas eleições de 2014, também sem comprovar o que dizia. “Eu tenho a convicção de que realmente tem fraude. As informações que nós tivemos aqui é que em 2014 o Aécio [Neves] ganhou as eleições, em 2018 eu ganhei no primeiro turno”, declarou.

Outros alvos

Cabo Daciolo, candidato à presidência em 2018, e o deputado estadual Castello Branco (PSL-SP) também são alvo do TSE em razão das denúncias de supostas fraudes.

Com informações da ConJur e da CNN Brasil