#UcranizaBrasil: grupos de direita criam hashtag para convocar atos antivacina

Apoiadores da campanha pedem o fechamento do STF por sua decisão de tornar a vacinação contra o coronavírus obrigatória, e também defendem a reeleição de Jair Bolsonaro

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A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de tornar obrigatória a vacinação contra o coronavírus causou grande indignação em alguns grupos brasileiros de direita, expressada especialmente nas redes sociais, onde iniciaram uma nova campanha de ataques à máxima instância do Poder Judiciário brasileiro, através da hashtag #UcranizaBrasil.

A partir do exemplo das manifestações de extrema-direita realizadas no país europeu em 2013, os grupos defendem uma mobilização popular para fechar o STF e atacar qualquer instituição que eles considerem que esteja atentando contra a “liberdade de não tomar a vacina”.

Embora o STF seja o principal alvo, também há fortes críticas ao governador de São Paulo João Doria, ao Congresso Nacional e alguns de seus representantes, e até mesmo aos partidos PT e PSOL, envolvidos em uma suposta “conspiração comunista internacional pró-vacina”.

Muitas mensagens defendem a realização de atos antivacina nos próximos dias, inclusive usando fotos de antigas manifestações verde-amarelas como inspiração. Porém, não há uma concordância com respeito às datas: alguns convocam para o domingo, dia 20 de dezembro, outros preferem o dia 22 de dezembro (terça-feira), e há também quem defenda realizar atos nos dois dias.

Além do discurso antivacina, a campanha também está servindo para defender o voto pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022, que seria uma das bandeiras dos atos que estão sendo convocados, segundo os próprios impulsores da iniciativa.

Veja alguns tuítes:

https://twitter.com/rflcouto/status/1339748268478242816
https://twitter.com/GarzedimPetru/status/1339739400486477825
https://twitter.com/ieacopiadora/status/1339765513644355584