“Uma política errada de segregação, de violência simbólica”, avalia Dino sobre gestão Bolsonaro

O governador faz menção, entre outras, à polêmica em que o presidente classificou a todos os nordestinos como “paraíbas”, e que daqueles governadores, Dino seria “o pior deles”

Foto: Flickr Governo Maranhão
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Em entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira (5), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que a série de declarações controversas do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) são fruto de “uma política errada de segregação, de violência simbólica”, disse. O comunista faz menção, entre outras, à polêmica em que o presidente classificou a todos os nordestinos como “paraíbas”, e que daqueles governadores, Dino seria “o pior deles”. A frase foi captada por câmeras de televisão antes de um encontro com jornalistas estrangeiros. “Não se pode levar como brincadeirinha palavras que são obviamente preconceituosas, ainda mais vindas do presidente da República”, disse Dino. O governador afirmou ser contra “qualquer estigma contra qualquer região do país”, e acrescentou que as declarações são “um desrespeito não com o Flávio Dino, mas com 50 milhões de brasileiros”. Dino classifica a atuação de Jair Bolsonaro como “uma política errada de segregação, de violência simbólica” e que é preciso “união entre os brasileiros”. Em resposta aos insultos de Bolsonaro, os nove governadores do Nordeste assinaram uma carta criticando o comportamento do presidente após ele deixar a entender que pretende retaliar os estados do Maranhão e Paraíba. Dino também disse esperar que Bolsonaro governe para todos, e que seja um “representante máximo da nação”. O governador garantiu que seguirá uma linha de trabalho que mantenha os laços de colaboração “dentro do possível”. Ressaltou, entretanto, que individualmente seguirá com a postura de apresentar os erros do governo.