URGENTE: Alerj forma maioria em favor de abertura de processo de impeachment contra Wilson Witzel

Até mesmo deputados do PSC, partido do governador, defenderam a abertura das investigações, que pode terminar em unanimidade

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A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu, em votação simbólica realizada na tarde desta quarta-feira (10), pela abertura de um dos onze pedidos de impeachment apresentados contra o governador Wilson Witzel (PSC). Cerca de 40 deputados já votaram, todos a favor. A expectativa é terminar em 70 a 0.

"Nós temos que tomar uma decisão. Como eu já fiz algumas vezes, quero tomar uma decisão conjunta, que não significa um pré-julgamento", disse o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano (PT).

"Nós temos mais de dez pedidos de impeachments e a gente precisa dar uma posição para a sociedade. Eu poderia monocraticamente aceitar, mas queria levar para o plenário", completou o parlamentar.

Até às 16h30 da tarde, pelo menos 40 deputados estaduais - inclusive do partido de Witzel, o PSC - já se posicionaram a favor da abertura do processo de impeachment do governador, formando maioria contra Witzel. Os parlamentares pediram investigação em razão das denúncias de desvio de verbas da pandemia do coronavírus.

Em entrevista à Fórum, a deputada Dani Monteiro (PSOL) defendeu a abertura do processo para "aprofundar as investigações que pesam sobre o governador Wilson Witzel". "Os gastos, em tempos normais, têm de ser transparentes; diante da ameaça do coronavírus, é ainda mais premente. O momento é delicado e de urgência, mas precisamos resguardar a democracia, que é o bem maior para que se conquiste um Rio de Janeiro socialmente mais justo", afirma.

"Sempre fizemos oposição direta ao governo, pela ausência de um plano para o estado, pela sua política econômica privatista, da qual discordamos, falta de uma política econômica clara para a população, de uma política para áreas essenciais, como a cultura, a segurança pública e os direitos humanos, por exemplo. Hoje, um ano e meio depois, em plena pandemia, há muito o que se esclarecer principalmente sobre o que está sendo feito na saúde", declarou.