"Vagabunda": Eduardo Paes xinga Light, que foi privatizada por FHC em 1996

Prefeito do Rio teve chilique nas redes após corte de energia de prédios públicos pela empresa, que foi privatizada em 1996, no governo FHC. À época Eduardo Paes era deputado, filiado ao PFL, partido do vice, Marco Maciel

Eduardo Paes (Reprodução/Twitter)
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), teve um chilique nas redes sociais na manhã desta sexta-feira (15) depois que uma reportagem anunciou que a Light, empresa energética que abastece a capital fluminense, cortou a luz de 66 prédios da prefeitura alegando dívida de R$ 261 milhões.

"A @lightclientes é uma empresa vagabunda. Passaram anos aliviando a barra do governo anterior. Agora querem receber na base do lobby e da chantagem. Eles terão as mesmas condições de recebimento de todos os fornecedores que têm crédito conosco! Não adianta nem forçar! Não passarão", tuitou o prefeito, marcando o perfil de atendimento da empresa.

Em outra publicação, Paes expôs sua ira com o atendimento da empresa na rede, que pede o envio de "uma mensagem por DM [Direct Messenger, o comunicador instantâneo do Twitter] com mais informações", padrão adotado a todos os consumidores.

https://twitter.com/eduardopaes/status/1448961632894431232

"Será que eu respondo por DM? As regras de Integridade da prefeitura não me permitem. Vai ser por aqui mesmo! Bem aberto!", escreveu.

https://twitter.com/eduardopaes/status/1448982751558909974

Privatização

A Light iniciou seus trabalhos no Rio de Janeiro em 1904 por meio da Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company, nome da empresa que pertencia a sócios canadenses.

No final da década de 1970, o contrato de concessão da Light com o governo federal foi encerrado, a empresa foi estatizada e passou para o controle da União.

Em 21 de maio de 1996, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a Light foi privatizada pelo programa federal de desestatização através de leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

À época, Eduardo Paes era deputado federal e acertava sua filiação ao então PFL, partido do vice-presidente Marco Maciel.