Veio da Havan é elo entre inquérito das fake news e ação que pode cassar chapa Bolsonaro e Mourão no TSE, diz ministro

Corregedor eleitoral, Og Fernandes acredita que Hang pode ser o principal financiador do esquema de fake news que iniciou na campanha presidencial e que hoje é utilizada por Jair Bolsonaro no Planalto

Luciano Hang, o veio da Havan, e Bolsonaro (Reprodução)
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Em parecer, o ministro Og Fernandes, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, sinaliza que o empresário Luciano Hang, o véio da Havan, é o elo que justifica o compartilhamento de informações entre o inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a ação que pode cassar a chapa Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão no Tribunal Superior Eleitoral.

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"Dentre os empresários investigados, que colaborariam entre si para impulsionar vídeos e materiais contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes, está o nome de Luciano Hang, investigado também nestes autos", diz Fernandes, no documento distribuído às 16h desta sexta-feira (12).

O ministro acredita que Hang pode ser o principal financiador do esquema de fake news que iniciou na campanha presidencial e que hoje é utilizada por Jair Bolsonaro no Planalto.

"Nessa toada, as diligências determinadas no inquérito nº 4781/DF podem trazer luz ao esclarecimento dos fatos apontados na inicial, pela qual se imputou ao representado Luciano Hang prática idêntica à relatada na fundamentação da decisão acima transcrita, voltada ao contexto do pleito eleitoral. Assim, as diligências em questão poderão vir a demonstrar a origem do financiamento das práticas abusivas e ilegais imputadas à campanha dos representados na inicial", diz o Ministério Público Eleitoral, em trecho destacado por Fernandes em seu parecer.

"Portanto, é inegável que as diligências encetadas no bojo do Inquérito nº 4.781/DF podem ter relação de identidade com o objeto da presente AIJE, em que se apura a ocorrência de atos de abuso de poder econômico e uso indevido de veículos e de meios de comunicação por suposta compra, por empresário apoiadores dos então candidatos requeridos, de pacotes de disparo em massa de mensagens falsas contra a coligação requerente, pelo aplicativo WhatsApp, durante a campanha eleitoral de 2018", conclui o ministro na sequência.

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