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A revista Veja publica matéria de capa, em sua edição que chega às bancas nesta sexta-feira (28), onde aponta a quebra de promessa do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) de que acabaria com a reeleição, caso fosse eleito. A revista chama a atenção ainda para o fato de Bolsonaro antecipar uma “prematura (e arriscada) campanha”.
A Veja lembra que, no último dia 20, Bolsonaro afirmou que concorrerá a um novo mandato — a não ser que seja aprovada uma “boa reforma política”. “A ressalva”, de acordo com a matéria “é de fancaria, já que não há a intenção de propor essa reforma, que nem sequer consta de seu programa de governo”, lembra.
Para a revista, “o anúncio de Bolsonaro causou surpresa. Primeiro, porque ele descumpriu uma promessa de campanha, naquilo que em outros tempos — e outros governos — seria considerado estelionato eleitoral. Segundo, porque assumiu a condição de candidato antes mesmo de completar seis meses de mandato. É um recorde de precocidade”, lembra a revista.
De acordo com a matéria, as condições para a reeleição de Bolsonaro, além de prematuras, ficam cada vez mais complicadas: “houve retração da economia no primeiro trimestre deste ano. O desemprego continua em alta e atinge 13 milhões de brasileiros. O governo sofre derrotas sucessivas no Congresso. E a popularidade do presidente e de sua gestão estão em queda”, alerta lembrando a última pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde o porcentual de quem desaprova a maneira de governar do presidente já supera o de quem aprova: 48% a 46%”.
“Já o Ibope”, segundo a revista, “aponta que a porcentagem daqueles que não confiam no presidente também ultrapassou o daqueles que confiam: 51% a 46%. A queda de popularidade foi mais acentuada nas famílias de baixa renda e entre pessoas com até a quarta série do ensino fundamental”.
Ao final de sua matéria, Veja indica uma possível aposta da revista e afirma que, “de todos os possíveis adversários de Bolsonaro em 2022, hoje o que aparece com mais estabilidade — e vem se mexendo de forma planejada — é o governador de São Paulo, João Doria”, finaliza.