Vélez diz que é amigo de Santos Cruz e que intervenção militar no MEC é "colaboração fraterna"

Em meio a um processo de fritura pelo embate entre militares e olavettes na pasta, que faz com que ele balance no comando do ministério, Velez-Rodriguez disse que conheceu Olavo há mais de 20 anos "porque ele é um pensador que explicita os conceitos fundamentais da ala conservadora da sociedade brasileira"

Ricardo Vélez-Rodriguez (Foto: Andre Sousa/MEC)
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Em entrevista a Fabio Murakawa e Carla Araújo na edição desta quinta-feira (4) do Valor Econômico, o ministro da Educação, Ricardo Vélez-Rodriguez, minimizou a "intervenção branca" que sofre dos militares na pasta e a influência do guru, Olavo de Carvalho - a quem conhece há mais de 20 anos - em sua gestão. Leia também: Vélez diz que não houve ditadura no Brasil e quer recontar história nos livros didáticos Rodeado por militares, entre eles o brigadeiro Machado Vieira, colocado no posto na semana passada por influência do general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro-chefe da Secretaria de Governo, Vélez-Ricardo disse que não sofre "intervenção branca". "É colaboração fraterna e efetiva. E o senhor brigadeiro é uma pessoa que trabalha na equipe. Valorizo muito a sua performance pelos cargos que ocupou na Aeronáutica, no Ministério da Defesa", disse, ressaltando que o militar teria sido escolha sua. Em meio a um processo de fritura pelo embate entre militares e olavettes na pasta, que faz com que ele balance no comando do ministério, Velez-Rodriguez disse que conheceu Olavo há mais de 20 anos "porque ele é um pensador que explicita os conceitos fundamentais da ala conservadora da sociedade brasileira". Dizendo que segue a "lógica aristotélica", ele negou que Olavo seja um "oráculo" para ele - que prefere o pai do liberalismo político, John Locke - e que vê as críticas do guru dirigidas a ele "como fenômeno metereológico". "As pessoas, quando se emocionam, quando deixam a razão pendurada no cabide, começam a falar com as emoções e falam coisas que não deveriam ser faladas num debate sereno, num debate racional. Esse tipo de expressão injuriosa não levo em consideração", disse. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.