Vídeo: Bolsonarista pede desculpas a Doria por carregar caixão com símbolo nazista

Após sofrer ataques e ter sua conta no Twitter suspensa, o empresário Paulo Kogos, apelidado de "meme ambulante" nas redes sociais, disse que enterro do governador foi apenas "simbólico"

Paulo Kogos (Reprodução)
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O empresário bolsonarista Paulo Kogos, uma das principais figuras do ato contra as medidas de isolamento que aconteceu na Avenida Paulista do último domingo (12), gravou um vídeo esta semana para se desculpar com o governador João Doria (PSDB) e sua família. Kogos foi uma das pessoas que ajudou a segurar o caixão falso durante o ato que levava o nome e imagem do tucano, também associado ao nazismo e ao comunismo.

O empresário, que se autointitula como um "ativista político da antipolítica" e é conhecido como "meme ambulante" nas redes sociais, é filho do ginecologista Waldemar e da dermatologista Ligia Kogos, a "rainha do Botox". Ligia possui entre seus clientes mais famosos Marcela Temer, Beth Szafir e Amaury Jr.

No vídeo, o bolsonarista anuncia uma "retratação" à família Doria e diz que houve um "mal entendido" sobre o significado dos caixões no ato do último domingo. De acordo com ele, a intenção era realizar uma "oposição política" ao isolamento horizontal através de um "enterro ideológico, inspirado em um meme dos dançarinos do caixão".

Em entrevista à revista Veja, um dia depois da manifestação, Kogos voltou a chamar Doria de "neonazista" por defender o monitoramento da população por geolocalização durante a pandemia. "Ele é um neonazista no tocante ao totalitarismo e ao desprezo pelas liberdades civis", disse. "A coisa que mais me irritou nisso tudo foi proibir as missas", continuou.

Na entrevista, Kogos diz ainda que a teoria da terra plana é uma "invenção da esquerda" com o intuito de atacar a direita. "Essa tese é tão absurda que só pode ser estratégia da esquerda, que paga influenciadores que se dizem terraplanistas com o intuito de atacar a direita", disse.

Com a repercussão da manifestação, o empresário passou a se queixar de ataques. Ainda de acordo com a Veja, ele teria sido expulso do Club Athletico Paulistano, o mais elitista do Brasil, onde título e transferência saem por 500 mil reais - algo que o bolsonarista nega.

Contudo, Kogos de fato foi expulso do Twitter. A rede social cancelou seu perfil por julgar impróprio o conteúdo de suas postagens. “Basta que a pessoa seja de direita, conservadora, cristã ou simplesmente defenda o livre mercado, a pessoa se torna vítima de um massacre de reputação”, explica ele, em entrevista à revista.

Confira:

https://twitter.com/revistaforum/status/1250377110155415554

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