VÍDEO: Ex-membro da Le Cocq, secretário de Bolsonaro comemora urgência em projeto de anistia a militares do ES

Projeto, que vai ao plenário na terça-feira (26) anistia militares do Espírito Santo, Minas Gerais e Ceará por crimes militares ou comuns cometidos entre 2011 e 2018

Manato comemora urgência em anistia a militares (Reprodução)
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Nomeado Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro em dia 31 de janeiro, o ex-deputado federal e candidato derrotado ao governo do Espírito Santo, Carlos Humberto Mannato (PSC/ES), que integrou a Escuderie Le Cocq, comemorou em vídeo gravado direto do Palácio do Planalto a aprovação da urgência na tramitação do projeto que anistia policiais que participaram de movimentos grevistas entre 2011 e 2018. Leia também: Ex-membro da Le Cocq, milícia que matou mais de 1,5 mil no ES, ganha cargo no governo Bolsonaro A anistia prevista no Projeto de Lei 395/2019 atinge tanto crimes previstos no Código Penal Militar, quanto os crimes considerados comuns, previstos no Código Penal em um período muito superior ao auge da greve, que aconteceu entre 4 e 27 de fevereiro de 2017. "Mais uma grande notícia! Hoje o requerimento de urgência referente à Anistia dos Militares do ES foi aceito no plenário do Senado Federal. Na próxima terça-feira esperamos que ele seja aprovado e que vá para sanção do nosso presidente", comemorou Manato, um dos autores da proposta original, quando atuou na Câmara, ao lado do ex-deputado Alberto Fraga (DEM/DF). O projeto, que deve ser votado na próxima terça-feira (26) no Plenário do Senado, prevê a anistia também para militares, policiais civis e agentes penitenciários de Minas Gerais e do Ceará que participaram de movimentos no mesmo período. Somente no auge do movimento grevista no Espírito Santo, em fevereiro de 2017, 215 pessoas foram assassinadas, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil no estado, até 10 de fevereiro, 90% dos mortos era de homens, com concentração de vítimas na faixa dos 17 aos 20 anos de idade, e a maioria foi vítima de disparos de armas de fogo.[52] Entre os mortos estão "usuários de drogas ilegais, pessoas com antecedentes criminais, vítimas de balas perdidas e pessoas com deficiência". Também foram mortos um policial civil e o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari. Extinta no final de 2015 pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a Scuderie Le Cocq foi uma espécie de embrião das milícias que atuou como um esquadrão da morte no Espírito Santo, matando mais de 1,5 mil pessoas. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.