O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e o ex-deputado e ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous (PT-RJ), lançaram, nesta segunda-feira (8), a chapa Lula e Flávio Dino para a presidência em 2022 durante transmissão ao vivo no canal da Fórum. Em tom descontraído, ambos falaram que este é um tema muito comentado no campo progressista, após a decisão de Edson Fachin.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou, nesta segunda-feira (8), as condenações do ex-presidente no âmbito da Lava Jato no Paraná.
Dino, por sua vez, disse que desde 1989, Lula é um elemento de organização do jogo político no país. “Após a redemocratização, o ex-presidente foi referência em todas as eleições”.
“Isso ocorrerá mais uma vez. É importante, único, insubstituível o papel de Lula na rearrumação do campo progressista. Ele tem envergadura não apenas para reprovar Bolsonaro, mas também para construir um projeto de nação adequado para o país”, afirmou Dino.
“Não expresso uma posição partidária, mas minha opinião é que Lula seja nosso candidato. Isso não exclui a minha defesa da amplitude da alternativa que podemos oferecer. Essa amplitude está no programa, em quem você atrai”, projetou o governador.
Jurisdição universal
Dino, que também é advogado e ex-juiz, saudou a decisão do ministro Fachin. Para ele, a iniciativa acaba com o que parecia uma “jurisdição universal”.
“O ministro encerra com a livre interpretação anômala que acontecia em relação ao processo do ex-presidente Lula, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro. Houve um enquadramento correto”, declarou o governador do Maranhão.
Dino destacou que as condenações de Lula nada tinham a ver com o julgamento dos casos de ilicitudes relacionados com a Petrobras. Portanto, não era atribuição da 13ª Vara de Curitiba.