Wassef assume que sabia que Queiroz esteve "algumas vezes" em sua chácara de Atibaia

Em entrevista à rede CNN Brasil, o advogado de Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro voltou a afirmar que Queiroz "nunca esteve escondido"

Reprodução/CNN Brasil
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O advogado Frederick Wassef, representante legal do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do presidente Jair Bolsonaro, admitiu em entrevista à CNN Brasil neste domingo (21) que sabia que o policial aposentado Fabrício Queiroz esteve em sua chácara de Atibaia algumas vezes. O ex-assessor de Flávio e Jair foi preso no imóvel, na última quinta-feira.

"Eu sabia que ele utilizava o imóvel, mas na data da prisão eu não sabia. No dia em que Queiroz foi preso, eu não sabia que ele estava lá", afirmou o advogado em entrevista a Caio Junqueira, na CNN Brasil. "Eu soube poucas vezes que ele esteve lá, mas eu não sei quando entrou, quando saiu, o tempo que ficou. Eu não tenho contato direto com o Queiroz", completou.

Wassef relacionou as idas de Queiroz à sua casa a operações cirúrgicas realizadas pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro. "Queiroz foi operado. Por duas vezes ele foi submetido a uma cirurgia séria, teve intervenção, anestesia geral e ficou internado na Santa Casa da Bragança Paulista para uma cirurgia. Da minha casa até Bragança Paulista são 10 minutos de carro", disse.

"Quando chega ao meu conhecimento que uma pessoa está passando por um problema grave de saúde, e se eu tomo uma decisão de permitir que ele ali se acomodasse, até por uma questão de hospedagem, de proximidade com o local, e pela preservação, para que não estivesse exposto, não quer dizer que eu fale com ele, que eu tenha contato ou que eu esteja praticando qualquer irregularidade", relatou.

O advogado afirma que "Queiroz nunca esteve escondido" e "não teria porque" alguém escondê-lo. "Ninguém estava procurando Queiroz, ele não era foragido, não era procurado", afirmou.

"Nunca, jamais, o presidente da República Jair Bolsonaro soube ou teve conhecimento desses fatos. Essa é minha inteira responsabilidade. Eu omiti essas informações do presidente da República e do senador Flávio Bolsonaro", disse.

Wassef ainda minimizou o episódio: "Um escândalo de três dias, internacional, mas qual foi a grande coisa? Um homem doente e deprimido numa casa preso".