Weintraub critica república com Lula como Marechal Deodoro e é chamado de Marajá do Banco Mundial

Ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Weintraub, que fugiu para os EUA, tomou uma invertida ao revelar-se monarquista e criticar a comemoração da Proclamação da República nas redes

Abraham Weintraub com Allan dos Santos e a publicação de Lula como Marechal Deodoro (Montagem)
Escrito en POLÍTICA el

Ainda afeito às piadinhas sem graça, repetidas à exaustão quando ocupou o Ministério da Educação, Abraham Weintraub, que busca se viabilizar como candidato de Jair Bolsonaro (Sem partido) ao governo de São Paulo, tomou uma invertida ao criticar a Proclamação da República - lembrada nesta segunda-feira, 15 de novembro - com uma foto de Lula como Marechal Deodoro da Fonseca.

"Maluco. Você fica ai das mordomias em Miami caluniando nossas gloriosas Forças Armadas. Queria ver se vc tinha coragem de falar isso na frente do Mourão, marajá do Banco Mundial!", comentou Sérgio Braga, doutor em Desenvolvimento Econômico e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Em seu tuite, o ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro se mostra adepto do monarquismo e diz que "brasileiro comemorar o dia 15 de novembro é igual a troianos festejarem o dia que abriram seus portões para o Cavalo de Troia".

"A República de Deodoro nasceu da perfídia, viveu de mentiras e se alimentou da corrupção. A República de Deodoro está podre", escreveu.

https://twitter.com/ssbraga/status/1460280853909626887

Marajá do Banco Mundial

Weintraub deixou o Ministério da Educação em junho de 2020, logo após o STF ter decidido mantê-lo entre os investigados no inquérito dos atos antidemocráticos, agora arquivado. À época, ele confessou que estava indo para os Estados Unidos com o intuito de evitar ser preso. Pouco tempo depois, ele foi alçado por Bolsonaro à diretoria do Banco Mundial.

Ele já havia anunciado a saída do governo, mas sua exoneração foi publicada somente depois que ele entrou no país. Ou seja, a oficialização de sua demissão foi retardada para que ele pudesse sair do Brasil utilizando o passaporte diplomático de ministro.

Após a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, arquivou o inquérito dos atos antidemocráticos, em julho, o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi às redes sociais comemorar.

“ACABOU! O processo foi arquivado. Estou LIVRE para voltar ao BRASIL, me aguardem. Um beijo a todos (menos para a tigrada). Hoje eu vou comemorar!”, escreveu.

Em agosto, o deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP) anunciou que acionaria a Organização dos Estados Americanos e o Banco Mundial contra manifestações políticas feitas por Abraham e o irmão, Arthur Weintraub, funcionários das instituições.

“Funcionários da OEA e Banco Mundial convocam para manifestação que pretende coagir o Congresso Nacional e o STF. Vou questionar formalmente o Banco Mundial e a OEA sobre esse tipo de ação política dos seus funcionários, pagos com recursos do contribuinte brasileiro”, declarou o deputado Alencar através das redes sociais.