Weintraub diz que "falta honestidade intelectual no debate" sobre cortes e pode colocar PMs nos campi

De forma irônica, ministro da Educação disse que bloqueio pode afetar pagamento de segurança interna nos campi, mas ressaltou que já falou com a polícia militar para fazer o patrulhamento. "Mas, talvez aí algumas pessoas não queiram"

Weintraub em entrevista à Jovem Pan (Reprodução/Youtube)
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Em entrevista a Felipe Moura Brasil e Augusto Nunes, na Rádio Jovem Pan no fim da tarde desta terça-feira (14), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que "faltou honestidade intelectual no debate" sobre o bloqueio dos recursos para os institutos federais, ao tentar explicar a diferença entre corte e contingenciamento. Atos pelo país provocam tsunami da Educação contra governo Bolsonaro; saiba onde ocorrem os protestos "Assim, bem resumidamente, eu acho que faltou honestidade intelectual no debate. Não é por questão técnica. Já recebemos mais de 50 reitores universidades federais e absolutamente nenhum saiu daqui e chamou a imprensa e disse: olha acabei de me reunir no MEC e a gente não tem despesa para pagar folha (de salários) no mês que vem", disse. Weintraub afirmou ainda que os reitores saem das reuniões e dizem que "a partir de outubro talvez não tenha dinheiro para segurança interna das universidades" e, de forma irônica, disse que já consultou a Polícia Militar para fazer o patrulhamento nos campi. "As pessoas saem daqui e dizem: a partir de outubro talvez não tenha dinheiro para segurança interna das universidades. Eu já liguei para algumas PMs aqui de Brasília também e eles falaram que se não tiver dinheiro para segurança interna das universidades, a PM se dispõe a fazer o patrulhamento interno nos campi. Mas, talvez aí algumas pessoas não queiram", disse, com sorriso irônico. A entrevista foi compartilhada no Twitter por Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (15), quando acontecem manifestações contra a política educacional do governo em todo o país. "Ministro da Educação @AbrahamWeint mostra hipocrisia política no debate sobre cortes", tuitou Bolsonaro na publicação do vídeo.