Weintraub e Marcos Pontes divergem sobre CNPQ e Capes

Marcos Pontes contrária Weintraub e defende a manutenção das duas agências separadas

Ministro Marcos Pontes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Os ministros Abraham Weintraub, da Educação (MEC), e Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia (MCTIC), não tem entrado em acordo sobre a proposta de fusão da Capes e do CNPq, feita pelo MEC. O ex-astronauta acredita que as agências devem seguir separadas, assim como grande parte dos pesquisadores brasileiros. A proposta de Weintraub de fundir as duas e mantê-las sob comando do seu ministério tem sido bastante criticada pela comunidade científica e acadêmica. O MEC quer apresentar medida provisória no Congresso para garantir uma tramitação rápida. No entanto, os planos do ministro ligado ao astrólogo Olavo de Carvalho parecem não estar de acordo com o titular do MCTIC, Marcos Pontes, que crê que os objetivos das agências são distintos e quer continuar com o CNPq sob sua tutela. "Sobre a ideia divulgada de junção do CNPq e CAPES: a posição do MCTIC é contrária à fusão, pois seria prejudicial ao desenvolvimento científico do País. Existe algum sombreamento de atividades e pontos de melhoria na gestão. Esses problemas já estão sendo trabalhados no CNPq", publicou o ex--astronauta nas redes sociais nesta sexta-feira (11). O Ministério da Economia, capitaneado por Paulo Guedes, também defende a fusão com base no argumento de Weintraub de que o MEC saberia gerir melhor os recursos que estão sendo cada vez mais limitados por parte do governo Bolsonaro.