Weintraub entra com recurso para adiar depoimento no STF em inquérito sobre racismo

O ministro Celso de Mello, do STF, quando o convocou, deixou claro que Weintraub não tinha prerrogativa de definir quando e onde seria ouvido

Abraham Weintraub - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Educação Abraham Weintraub entrou com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) para adiar seu depoimento no inquérito que apura suposto crime de racismo. Weintraub fez chacota contra chineses, em abril deste ano, para indicar que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise do coronavírus.

Ele seria ouvido no próximo dia 4 de junho, data que foi agendada pela Polícia Federal.

O ministro Celso de Mello, do STF, quando o convocou, deixou claro que Weintraub não tinha prerrogativa de definir quando e onde seria ouvido, em resposta a uma solicitação da PGR (Procuradoria-Geral da República).

A defesa do ministro, no entanto, alega que a ordem de intimação para que ele deponha "afasta a prerrogativa do Agravante que lhe é conferida pelo artigo 221 do Código de Processo Penal, por ocupar o cargo de Ministro de Estado, de poder ajustar local, dia e hora para ser ouvido em depoimento".

Segundo Mello, a prerrogativa não teria validade porque Weintraub seria ouvido como investigado, e não como testemunha.

Para fazer a sua “gracinha”, Weintraub escreveu, usando a fala característica do Cebolinha - que troca a letra "R" por "L": "Geopolíticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?". Depois, o ministro apagou o tuíte.