Bolsonaro, o ídolo dos pés de barro! – Por pastor Zé Barbosa Jr

Ainda celebraremos nas ruas a liberdade e a esperança, e dançaremos sobre os destroços das bizarras estátuas, sejam elas do bolsonarismo decadente com seus pés de barro, sujos e frágeis, quanto as ridículas estátuas da Havan

Imagem: Reading Acts (Reprodução)
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Domingo, 23 de maio, dia em que a cristandade em seu calendário litúrgico celebrava o Pentecostes, a festa na qual o Espírito Santo se derrama sobre os seguidores do Cristo como um vento forte e ruidoso. No Candomblé, a Orixá dos ventos é Iansã, guerreira pela justiça. Em ambos os casos, a figura do vento é feminina (sim, a Ruah, a ventania divina, é feminina). Isso fala muita coisa!

Pois bem, nesse dia uma estátua da Havan, aquelas ridículas e horríveis imitações da Estátua da Liberdade estadunidense, desabou em Capão da Canoa, município do Rio Grande do Sul. A estátua de 20 metros e 3,6 toneladas não resistiu ao vento forte que soprou no litoral norte gaúcho. Além de desabar pela força da ventania, a estátua foi atravessada por um poste de luz na altura do “coração” da gigante de ferro e fibra de vidro.

Ao ver a foto, tão carregada de simbolismos, imediatamente me veio à mente a profecia de Daniel para o Rei Nabucodonosor, ao relatar o sonho que inquietava o tirano babilônico:

“Tu olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível.

A cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro.

Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou.

Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio.” (Daniel 2:31-35)

Não tenho dúvidas de que essa história se repete. Bolsonaro e seu fascismo são, hoje, essa estátua “poderosa”, mas com pés de barro. E será esmigalhada. Entrará para o lixo da História como um dos piores governos da História da humanidade e será lembrado nos livros como uma das fases mais bizarras e hediondas da curta existência dessa terra chamada Brasil.

Esse monstro que hoje se vê inabalável cairá e terá seu coração arrancado pela luz, concreta e forte da democracia que insistirá em existir apesar de tudo. E como Nabucodonosor, também levará junto seus falsos conselheiros, inclusive alguns “mestres religiosos”. O mal não prevalecerá por aqui. Apesar do estrago feito e das vidas ceifadas, assistiremos à derrocada dessa estátua terrível. Os ventos de justiça da Ruah, de Iansã e de todos os deuses, orixás e santos, soprará sobre nossa terra da mesma forma que tem soprado em outros cantos dessa querida América Latina.

Ainda celebraremos nas ruas a liberdade e a esperança, e dançaremos sobre os destroços das bizarras estátuas, sejam elas do bolsonarismo decadente com seus pés de barro, sujos e frágeis, quanto as ridículas estátuas da Havan.

Sopra sobre nós, ventania divina! Sopra sobre nós! Sopra sobre nós!

**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.