Cartas do Pai: Mais Vacinas e Menos Armas

Ivan Cosenza fala das prioridades do presidente: as armas... Em vez de vacinar a população

Escrito en OPINIÃO el

Rio de Janeiro, 16 de Fevereiro de 2021.
Pai,
A vacinação contra Covid-19 estava bem devagar...
Estava!
Isso mesmo que você ouviu.
Porque já tá parando!
Aqui no Rio, hoje foi o último dia.
Mas não é porque todo mundo foi vacinado não.
Acabaram as vacinas! Isso mesmo! Acabaram!
Devemos ficar pelo menos uma semana sem vacinação, pois o generalzinho não conseguiu mais vacinas.
O presidente, que debochou das vacinas, já correu pra vacinar a sua própria mãe.
Não era melhor ter dado cloroquina pra ela?
Nem os profissionais da saúde receberam doses suficientes para serem vacinados.
Um caos!
Os professores que também deveriam ter sido vacinados, estão sendo obrigados a voltar às aulas sem vacina.
Com sua mãe devidamente vacinada, o presidente resolveu tomar uma providência!
Sabe o que ele fez?
Ampliou para seis o número de armas que cada bandido, digo, cada "cidadão de bem" pode ter.
Atiradores, como o amiguinho dele que foi preso com 117 fuzis, poderão ter até 60 armas.
Assim, podem ter mais equipamentos para caça esportiva de vereadores e deputados de esquerda!
Mais mortes por Covid-19, mais mortes por armas de fogo, menos auxilio emergencial e mais tempo demoraremos para começarmos a retomar a economia, causando mais desemprego e fome.
Podiam ter comprado mais vacinas, mas estavam ocupados comprando deputados e senadores.
Isso sim é genocídio!
Um beijo, pai!
Do seu filho,
Ivan
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.