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POLÍTICA
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Em discurso nesta quinta-feira (14) na reunião da executiva nacional do PT em Salvador, Lula deu a letra aos dirigentes do partido e confirmou que a estratégia é polarizar o debate eleitoral de olho em 2022.
Em 12 anos de poder - interrompido por um golpe parlamentar -, o PT mostrou ao Brasil e ao mundo que existe uma alternativa ao projeto neoliberal imposto pelo sistema financeiro e pelas transnacionais.
Lula ressaltou, em seu discurso, o legado das políticas sociais e de valorização de empresas estatais estratégicas - como bancos e a Petrobras - de seu governo e enfatizou o desmonte que vem sendo promovido à toque de caixa por Bolsonaro e Paulo Guedes tanto em um, quanto em outro.
Ele próprio lembrou que sempre polarizou com o discurso dos agentes do neoliberalismo no país e vale lembrar que desde que o próprio Lula foi eleito, em 2002, esse discurso não perdeu mais o embate democrático e nem as eleições - até mesmo porque o principal representante do modelo em 2018 se recusou a debater, em um pleito no mínimo discutível.
Lula sabe que a guerra híbrida travada pela extrema-direita se dá, sobretudo, no campo da informação, do discurso. E quem vence, nem sempre é a verdade sobre os fatos.
Mas, ressaltou que está disposto a ir para luta - pedindo a formulação de uma cartilha dos verdadeiros heróis populares do Brasil para municiar a militância.
Ignorante em economia, Bolsonaro leva a sua política econômica aos ventos do neoliberalismo pois sabe que só sendo subserviente à estrutura neoliberal ele se mantém no poder.
Bolsonaro não sabe o que defende e nem porque defende. Ganhou as eleições em 2018 com a máquina de propagar fake news sobre temas supérfluos - como kit gay, mamadeira de piroca - e fugindo dos debates sobre os assuntos que realmente são importantes para o Brasil.
Lula aproveitou o tempo na prisão para se aprofundar ainda mais na história de um Brasil revolucionário e popular que Bolsonaro tenta a todo custo apagar. Saiu da cadeia mais forte, mais humano e mais consciente, como mesmo disse. E está pronto para ir para o embate. Mesmo que Bolsonaro teime em fugir.