Nossa Dama fará a diferença! – Por pastor Zé Barbosa Jr

Eu sou do time da esperança. Do copo meio cheio, mesmo quando abatido. Lembro de um texto bíblico que fala que podemos estar “perplexos, mas não desanimados; abatidos, mas não destruídos”

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Ontem de madrugada conversava num grupo de WhatsApp que reúne pessoas de várias tendências progressistas e de repente surgiu uma analogia quanto ao nosso momento político com um jogo de xadrez, dizendo que levamos um xeque-mate. Eu disse que ainda não, mas o jogo não está nada fácil...

Do lado de lá, com as peças brancas (sempre as peças brancas!), os atuais donos do jogo. Eles estão no comando. A primeira jogada é deles. Sempre foi. Mas agora, para defender o rei, absoluto, eles têm, ao contrário de nós, os dois bispos (conservadores e fundamentalistas) e os dois cavalos (Exército e PMs). Nós temos, no máximo, um bispo (juntando todas as forças progressistas religiosas – e que fez um movimento que agitou o jogo na semana passada ao entregar um pedido de impeachment assinado somente por religiosos) e um cavalo, fraco e mal alimentado, que são os insatisfeitos nas forças armadas (eles sempre existiram).

Eles hoje têm o comando das duas torres principais de comando do jogo (Senado e Câmara), mas é um comando frágil. Não se pode confiar quando o comando está sob o controle do Centrão. Ele é flutuante e migra de acordo com o “vento do poder”. Ao sentirem que o vento não está favorável, são capazes de abandonar o barco e as torres ficarem desguarnecidas. Já do lado de cá, nossas torres são pretas. São resistentes. São forjadas nisso! Não duvide do poder de resistência das duas torres pretas. Elas podem virar o jogo.

Temos mais peões. Desorganizados após algumas jogadas impensadas, mas temos mais que eles. Alguns dos peões deles caíram por desistência, outros por vergonha. Eles fazem muito barulho, mas hoje são bem menos que nós. Pode não parecer, mas, peões, quando se movimentam bem, podem fazer muita diferença num bom jogo de xadrez.

Eles têm o rei. Branco. Absoluto. Até agora indestrutível. Ainda não levou nenhum xeque. Nada parece o abalar. Quando se movimenta, destrói tudo à sua volta. Seus cavalos e bispos, até agora, são suas maiores forças. Mas é bom lembrar que cavalos e bispos são limitados nos seus movimentos. E o rei é mais limitado ainda. Ainda mais ESSE rei! E é aqui que entra em jogo a peça que eles não têm: a dama!

A dama é a nossa peça fundamental. Ela se move em todas as direções. Nada limita seus movimentos. A Dama é a nossa Esperança, equilibrista, sempre na corda bamba, mas sempre ali, firme. Porque não “existe”, existe sempre! E ela nos enche, transborda, mesmo nos momentos mais difíceis. Ontem ela cambaleou, a corda mexeu, mas com sua sombrinha (pra lembrar de Aldir) ela se aprumou e continua.

Eu sou do time da esperança. Do copo meio cheio, mesmo quando abatido. Lembro de um texto bíblico que fala que podemos estar “perplexos, mas não desanimados; abatidos, mas não destruídos”. O jogo ainda está sendo jogado. Eles ainda podem cometer erros fatais e nós, quem sabe, movidos pela nossa dama, possamos pensar estratégias e encurralar o rei. O xeque-mate ainda não veio. Temos muito jogo pela frente!

Azar (o deles), a esperança equilibrista sabe que o nosso Brasil tem que continuar.

E continuará!