O Brasil pode ter se livrado de Moro e Huck em 2022

Não dá, o Brasil não aguenta mais aventureiros no poder, ainda mais que fiquem brincando de fazer política!

Foto: DCM (reprodução).
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Não faz muito tempo que uma reunião entre o ex-ministro Sergio Moro e o apresentador Luciano Huck causou certo alvoroço entre jornalistas e veículos de mídia. Gerou espanto quando o ex-ministro do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro se considerou como de centro, assim como o vice-presidente Hamilton Mourão.

Acontece que Moro tenta se manter na mídia. Fora do governo, fica difícil se manter relevante. Não demorou para que a proposta de uma frente ampla de centro, com Moro, fosse recusada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que ao contrário de muitos, não tentou ludibriar o eleitorado. Ele considera Moro de extrema-direita.

E até o governador João Doria, que segue com seu alpinismo político, e que até esses dias sondava o nome de Moro na tal frente, acabou fechando as portas para o ex-ministro.

O governador paulista, neste último final de semana, compartilhou uma foto com Maia e com a legenda “PSDB e DEM seguirão sempre juntos”.

Pelo visto, a "maior” porta já se fechou para Huck e Moro na "liga principal" da política. Especulava-se que Moro e Huck entrariam para o DEM, ou para o PSDB, para o pleito presidencial, algo que já era difícil por alguns motivos.

Moro aceitaria ser vice, ou Huck abandonaria seu gordo contrato na Globo para ser vice em uma aventura eleitoral? E Doria, abandonaria seu alpinismo político para o Planalto?

Além disso, Maia não suporta Moro e os discursinhos desonestos de quem defende a "nova política".

A pá de cal foi uma entrevista de Doria ao Estadão. Quando perguntado como seria feita uma frente ampla, tendo em vista Huck e Moro, Doria disse:

“O pressuposto para unir o maior número possível de pensamentos pelo Brasil é não haver prerrogativa pessoal”.

O recado é claro! Esperem a vez de vocês, chegaram ontem e já querem sentar na janela?

Dá para dizer que Doria deu um educado ‘passa-moleque’ em ambos.

Moro já não possui capital eleitoral para ser presidente e só seria viável em um cenário onde Jair Bolsonaro ou sua prole não estejam disputando a cadeira do Planalto. Moro disputa o eleitorado de extremistas de direita do país, um grupo específico. Fica difícil se ainda tiver que dividir votos com outro extremista.

Já entre os grandes partidos, não terá espaço para ser cabeça de chapa. Huck também. A política aprendeu. Nada de outsiders! Só bagunçam ainda mais o país e não fazem bem aos políticos ou para a sociedade.

A alternativa será algum partidinho. Será que vão para o Podemos? A aventura dos pseudocentristas está cada vez mais difícil de se viabilizar.

Moro está meio desorientado, Huck também. Não sabem direito para onde vão. Huck sabe que quer ser cabeça de chapa. Já para Moro, o que aparecer está bom.

O Brasil, por enquanto, está livre de dois alpinistas políticos no Planalto.

Moro Brazillian Tour

Sergio Moro assinou com empresário de Roberto Carlos e prepara uma 'turnê' pelo país. Ele nega que seja uma campanha e que irá fazer palestras corporativas e promover um livro que lançará em breve.

Mas não deixa de ser uma boa oportunidade de gerar mídia em um momento onde perdeu a relevância, né?

Política não é brinquedo!

A sociedade também está cansada desse "vô/num vô" que Luciano Huck faz todo ano. Mostra falta de compromisso com a sociedade e a visão de quem olha a política como se fosse o quintal de casa.

Não é assim! Huck fica bagunçado o cenário político a troco de nada. É péssimo. Deixa claro sua falta de maturidade política. Não é confiável.

Todos os anos o apresentador promove encontros, reuniões, articulações e quando o palco está montado... Sobe na arquibancada e volta ao posto de espectador.

Não dá, o Brasil não aguenta mais aventureiros no poder, ainda mais que fique brincando de fazer política!

Em tempo:

Moro disse que a reeleição está "gerando riscos e inconvenientes de toda a espécie".

Sabe o que gera riscos de toda a espécie, senhor Moro? Um juiz federal de primeira instância com ímpeto para ser um alpinista político. Que invade e perverte o pleito eleitoral vigente.

O risco que a democracia vive é o de ‘tropeçar’ em outro Moro.