Quem tem medo de Malafaia? – Por pastor Zé Barbosa Jr

Não! Malafaia não mete medo! Ainda que esbraveje e grite, e pelo jeito é só isso que ele sabe fazer, ruirá junto com Bolsonaro e experimentará o seu inferno particular de forma pública e notória

Foto: Redes sociais
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A CPI da Covid, que substituiu o BBB 21 na grade televisiva e no coração dos brasileiros. Transformou-se, sem dúvidas, no palco querido e imaginado por todos aqueles que, além da necessidade de realmente estarem lá, buscam seus 15 minutos de fama ou, para aqueles que já são famosos, perpetuarem um pouco o gosto do sucesso e assim, quem sabe, conseguirem um pouco mais de seguidores/admiradores, principalmente aqueles que podem ser revertidos em votos ou poder político.

Não é à toa que ele, Silas Malafaia, o jumento de Bolsonaro (veja minha coluna de 21/04), quer a todo custo aparecer por lá. E, pelo jeito, tramou direitinho com o filho do seu aconselhado-mor – Flávio Bolsonaro -  para “cavar” sua participação na tão desejada Comissão. Tendo, claro, apoio da base governista que vê sua influência entre evangélicos despencar a cada pesquisa. Porém, o jogo de cartas marcadas parece não ter dado muito certo. O presidente da CPI indeferiu o pedido de comparecimento do empresário da fé no grande circo da CPI.

O Mala, malandro que é, já usou suas redes para dizer que “a esquerda tem medo do que ele possa dizer” por isso não querem que ele vá lá, para incendiar a CPI e mostrar a “verdade” para o povo brasileiro.

Malafaia é um fanfarrão! Quer parecer sempre maior do que realmente é. Sabe em quem Malafaia mete medo? Em ninguém! Ou só naqueles que não conhecem seu verdadeiro “tamanho” e moral. Senão vejamos, como ele mesmo gosta de alardear “conhecimento numérico”, os verdadeiros números do empresário da fé que traz em seu próprio nome a alcunha do que realmente é: uma mala “faia”.

Em sua principal rede social, onde destila ódio e fúria em 10 de cada 10 postagens, Silas tem 1,4 milhões de seguidores. Isso mesmo, bem menos de 2 milhões de seguidores para quem quer se apresentar como “representante dos evangélicos brasileiros”. O número de seguidores (sem contar que não duvido que dentre esses muitos sejam robôs de Bolsonaro) do midiático líder corresponde a nada mais que 2,2% de toda população evangélica brasileira, isso já levando em conta a análise do Datafolha de que esse grupo já corresponda a 31% de toda nossa gente brasileira.

Sem contar que, juntamente com o ocaso do desgoverno Bolsonaro, para o qual trabalha incansavelmente, Malafaia vê seu império ruir. Sua editora já acumula mais de 4 milhões em dívidas (tem mais dívida que seguidores!), suas igrejas seguem esvaziando e seu nome cada vez mais associado ao que há de pior no meio “gospel” do Brasil. Malafaia é aquele cachorro louco, dando seus últimos suspiros e querendo morder quem vier pela frente pra parecer bravo. Não passa de um poodle domesticado por aqueles que têm poder e dinheiro.

Não! Malafaia não mete medo! Ainda que esbraveje e grite, e pelo jeito é só isso que ele sabe fazer, ruirá junto com Bolsonaro e experimentará o seu inferno particular de forma pública e notória. Enquanto tiver palco, gritará, isso porque ainda tem os que “batem palma pra maluco dançar”. E ao perceber que cada vez são menos os que fazem isto, aumentará o volume, como aquela carroça que, quanto mais vazia, mais barulho faz. Malafaia é a carroça vazia do que ainda resta de um movimento evangélico entregue ao fascismo e ao retrocesso.

Mas seus dias estão contados! A verdade e a luz prevalecerão sobre a mentira e as trevas.

Quem tem ouvidos, ouça!

**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.