A CPI do Genocídio aprovou, nesta terça-feira (26), requerimento de suspensão dos perfis de Jair Bolsonaro nas redes sociais. A motivação foi a fake news divulgada pelo presidente, em sua live no dia 21. Na ocasião, Bolsonaro associou a vacinação contra a Covid-19 à Aids.
Além disso, a comissão também solicita um pedido de retratação pública por parte do presidente, em função da disseminação de mentira. O requerimento será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
YouToube, Facebook e Instagram removeram o vídeo porque Bolsonaro violou as regras das redes em relação à desinformação sobre a Covid-19.
A notícia falsa, espalhada por Bolsonaro, foi produzida por um grupo negacionista do Reino Unido. A “tese” em questão afirma que “as pessoas totalmente imunizadas estão desenvolvendo Aids”.
“Outra coisa grave aqui, só vou dar a notícia, não vou comentar, já falei sobre isso no passado e apanhei muito. Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados, quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose, 15 dias depois após a primeira dose… estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência muito mais rápido que o previsto”, disse o presidente durante live.
Quebra de sigilo
A CPI também aprovou, nesta terça, a quebra do sigilo telemático de Bolsonaro. O requerimento foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão.
O requerimento solicita que os dados sigilosos do presidente, desde abril de 2020, sejam encaminhados ao Procurador-Geral da República (PGR) e ao STF.
Responsabilização
O requerimento pede, também, que a Advocacia do Senado Federal envie ao STF e à PGR solicitação de investigação para ampliar a responsabilização do presidente por suas postagens nas redes.
A CPI quer, inclusive, adoção de medidas punitivas, como o pagamento de R$ 50 mil por dia de descumprimento de decisão judicial.